"Não estamos em depressão", afirma executiva da Magazine Luiza

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Por: Cesar Sanson | 20 Março 2014

"Quando alguém está depressivo, ele fica com a imagem ruim. Essa onda não é tão grande quanto parece, mas a comunicação nossa está muito falha", afirma a executiva.

A reportagem é de Rafael Nardini e publicada por CartaCapital, 19-03-2014.

Luiza Helena Trajano, presidente da rede varejista Magazine Luiza, comparou o momento brasileiro com os sintomas de uma depressão. Para ela, há uma certa onda de pessimismo na atmosfera política e empresarial que precisa ser revertida. Essa sensação seria capaz de prejudicar a visibilidade do País no exterior. “Quando alguém está depressivo, ele fica com a imagem até pior do que tem. Essa onda não é tão grande quanto parece, mas a comunicação nossa está muito falha ainda.

O Brasil é nosso. Temos de assumir que é aqui vão morar nossos netos, nossos filhos”, afirmou a executiva após participar nesta quarta-feira 19 do evento "Fórum Brasil - Diálogos para o Futuro", promovido por CartaCapital, em São Paulo.

A empresária cobrou ações governamentais para tentar conter a desinformação, a principal causadora dessa sensação depressiva. “Estou despertando a comunicação desde a minha casa, do meu prédio... Nós temos de ter uma estratégia de comunicação educativa. Porque não vemos a comunicação como educação. Precisamos entender que a comunicação passa pelo educativo.”

Um dos exemplos de melhorias que poderiam ser ressaltados para aplacar o pessimismo é o baixo índice de desemprego. “As pessoas falam: 'ah, mas não tem empregado'. Que bom que as pessoas não estão na fila dia e noite em busca de emprego, como vivemos décadas disso. Cada loja que o Magazine abria numa cidade eram duas mil pessoas ficando dia e noite na fila para 40, 50 vagas. Esse quadro mudou”, disse.

A empresária disse não estar preocupada com os índices de inadimplência – tema, aliás, de seu embate com o colunista Diego Mainardi, no programa Manhattan Connection, da GNT -, sejam eles no varejo ou em outros setores da economia. Essa sensação de segurança está calcada nos critérios da rede bancária brasileira para a liberação de crédito. “Não se preocupe. Os bancos só soltam crédito quando a inadimplência está baixa. Se não eles trancam tudo. Quando você vê abrir um pouquinho é porque a inadimplência está boa.”

Olimpíada

Integrante do comitê organizador da Olimpíada, a empresária afirmou que os investimentos orçados em7 bilhões de reais para o evento foram captados junto à iniciativa privada. “Encerramento, segurança, transporte, alojamento... vai ser tudo tirado desses patrocinadores. Falei com o Murilo (Ferreira, presidente da Vale) agora... Estou até ajudando a encontrar investidores.”

Trajano disse acreditar que a Olimpíada será capaz de aquecer o mercado de trabalho e render aos jovens oportunidades de emprego durante e depois da realização do evento. “Vamos ter 209 países nos visitando. Hoje recebemos 7 ou 8 milhões de turistas por ano. É provável que, quando passar a Olimpíada, tenhamos de três a quatro vezes mais turistas”.