Por: Caroline | 24 Fevereiro 2014
O Papa Francisco assegurou hoje que “o Espírito Santo não é sindicalista”, pois é “um grande trabalhador” e que “trabalha sempre” para que os seres humanos possam conhecer a Jesus.
A reportagem é publicada por Religión Digital , 20-02-2014. A tradução é do Cepat.
Durante o sermão de sua missa privada cotidiana, celebrada na capela da sua residência vaticana de Santa Marta, o líder católico estabeleceu que “para conhecer a Cristo” é necessário primeiro viver como seus discípulos, antes de estudá-lo na teoria.
“Diversas vezes Jesus nos faz esta pergunta: Quem de vocês diz quem eu sou? E recebe de nós a mesma resposta de Pedro, a que aprendemos no catecismo”, apontou.
Advertiu que não é suficiente saber sobre o catecismo, nem estuda-lo, algo importante por si mesmo, mas elucidou que para conhecer a Cristo é necessário seguir o caminho do apóstolo Pedro, isto é, aprender com a “tão difícil ciência das lágrimas, do pranto”.
“Conhecer a Jesus é um dom do Pai, é Ele que nos faze conhecer a Jesus: é um trabalho do Espírito Santo, que é um grande trabalhador. Não é um sindicalista, é um grande trabalhador e trabalha em nós sempre. Faz esse trabalho de nos explicar o mistério de Jesus”, ponderou.
Francisco indicou que “parece que, para responder essa pergunta que todos nós sentimos no coração -‘quem é Jesus para nós? ’- não é suficiente o que nós já aprendemos ou o que estudamos durante o catecismo. É importante estudá-lo e conhecê-lo, mas isto não é suficiente. Para conhecer Jesus é necessário fazer o caminho feito por Pedro: depois desta humilhação, Pedro seguiu com Jesus, viu os milagres que Jesus fazia, viu seu poder, depois pagou os impostos, como lhe havia dito Jesus, pescou um peixe, sacou uma moeda, e viu muitos milagres como esses. Contudo, até certo ponto, Pedro renegou Jesus, traindo a Jesus e aprendeu essa ciência tão difícil – aliás, mais que ciência, a sabedoria – das lágrimas, do pranto”.
O Santo Padre continuou explicando que, apesar de tudo, Pedro pede perdão a Jesus após a Ressurreição, sente-se questionado três vezes por Ele no Tiberíades e, provavelmente, por reafirmar o amor total por seu mestre, chora e se envergonha ao recordar suas três negações.
Assim Francisco lembrou que “esta primeira pergunta: que sou eu para vocês, para você? – feita para Pedro, pode-ser ser entendida apenas ao longo de um caminho, após percorrer uma longa caminhada, um caminho de graça e de pecado, um caminho de discípulo. Jesus não disse, a Pedro e seus apóstolos, ‘Conhece-me!’, mas disse ‘siga-me!’. E este seguir a Jesus nos fazer conhecer a Jesus. Seguir a Jesus com nossas virtudes e também com nossos pecados, mas sempre seguir a Jesus. Não é um estudo sobre as coisas o necessário, mas uma vida de discípulo”.
O Papa insistiu que é necessário “um encontro cotidiano com o Senhor, todos os dias, com nossas vitórias e nossas fraquezas”. Todavia, acrescentou que também se trata de “um caminho que nós não podemos fazer sozinhos”. E para isso é necessário à intervenção do Espírito Santo.
Francisco afirmou que “conhecer a Jesus é um dom do Pai, é Ele que nos faz conhecer a Jesus, é um trabalho do Espírito Santo, que é um grande trabalhador. Não é um sindicalista, é um grande trabalhador e trabalha em nós, sempre. Faz este trabalho de nos explicar o mistério de Jesus e de nos dar este sentido de Cristo. Olhamos para Jesus, para Pedro, para os apóstolos e sentimos em nosso coração esta pergunta: ‘que sou eu para ti?’. E como discípulos pedimos ao pai que nos dê o conhecimento de Cristo no Espírito Santo, que nos explique esse mistério”.
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“O Espírito Santo não é um sindicalista, ele trabalha em nós a todo tempo”, declarou Francisco - Instituto Humanitas Unisinos - IHU