19 Fevereiro 2014
No dia 17 de fevereiro lembramos o retorno dos jesuítas a Portugal. Após 15 anos da restauração universal da Companhia de Jesus por parte do papa as autoridades portuguesas permitiram o seu retorno ao país. Cinco religiosos franceses fizeram a frente nesta nova fase; ironicamente, uma das suas primeiras funções foi enterrar o Marquês de Pombal, o inimigo mortal da Ordem. No entanto, os jesuítas sobreviveram em Portugal por cinco anos antes de retornarem ao exílio na sequência de uma revolução ao final da guerra civil liberal, de 1838.
A nota foi publicada no sítio Jesuit Restoration, 17-02-2014. A tradução é de Isaque Gomes Correa.
Num período de notável instabilidade, já que o governo mudou de republicano para a monarquia, os jesuítas deviam voltar aos poucos até a readmissão oficial, em 1858. Eles tiveram uma liberdade relativa, que durou meio século, para se estabelecerem, período que durou até uma outra revolução, em 1910. Em 1880, ele haviam estabelecidos sete colégios e contavam com 120 religiosos na província. Isso significou um trabalho essencial numa época em que seu prestígio, no cenário internacional, estava decrescente, posto que os britânicos forçaram os portugueses a abandonar suas ambições na África (Angola e Moçambique).
A revolução me 1910 seguiu-se ao assassinato dos reis no genocídio de Lisboa, de 1908. Enquanto a família real estava viajando por Lisboa numa carruagem aberta, um ex-sargento do exército e atirador disparou cinco tiros de seu rifle. O rei morreu imediatamente; o seu herdeiro, Luís Filipe, ficou muito ferido; e o príncipe Manuel foi atingido num dos braços. O seu sucessor, Manuel II, foi enviado para o exílio em 1910 e então a república foi declarada. A Companhia seguiu na mesma esteira dos novos rei. Fazia apenas dois anos que eles haviam lançado a revista Broteria. Os republicanos, os suas doutrinas anticlericais, viram a Companhia de Jesus como uma ameaça em particular.
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17-02-1829 – Os jesuítas retornam para Portugal - Instituto Humanitas Unisinos - IHU