10 de fevereiro de 1773. Moñino escreve o Breve de Supressão

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14 Fevereiro 2014

Há 241 anos, o embaixador da Espanha em Roma, José Moñino, apresentou ao papa o Breve de Supressão dos jesuítas.

A nota foi publicada no sítio Jesuit Restoration 1814, 10-02-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

A chegada de José Moñino em Roma em 1772 como o novo embaixador espanhol foi um mau sinal para os jesuítas e para o Papa Clemente. Foi um sinal claro de que os espanhóis estavam determinados a acelerar o ritmo e aumentar a pressão sobre o papa para suprimir a Companhia de Jesus. A tarefa principal de Moñino seria garantir que o Breve de Supressão fosse escrito e promulgado. Foi também um sinal de que os espanhóis estavam ficando cada vez mais impacientes com a enrolação do Papa Clemente.

Moñino era suave e estrategicamente astuto. Ele imediatamente construiu uma rede de aliados no campo antijesuíta em Roma. Ele concordou com o cardeal De Bernis que iriam coordenar suas negociações com o papa. Foi uma clássica estratégia de "policial bom versus policial mau", em que Moñino seguia com uma linha dura e cruel com o papa em suas audiências, insinuando que, se não se lidasse com os jesuítas, então todas as ordens religiosas estariam em perigo. Enquanto isso, De Bernis, com o ar suave de um confidente amigável e leal, gostava de lembrar regularmente o papa do assunto e falar em favor dos pedidos de Moñino.

Essa acabou sendo uma estratégia muito eficaz com resultados rápidos. O papa estava contando com a resistência de Viena, onde os jesuítas tinham uma forte defensora na imperatriz Maria Teresa. No entanto, essa resistência não veio, já que a imperatriz estava distraída com a tarefa de organizar o casamento real de sua filha Maria Antonieta com o delfim da França. Exposto e vulnerável, Clemente nomeou o cardeal Zelada para trabalhar com Moñino. O governo espanhol mostrou sua gratidão a Zelada, presenteando-o com uma grande quantidade de dinheiro e duas lucrativas propriedades eclesiásticas na Espanha. O Breve de Supressão foi elaborado e apresentado ao papa, no dia 10 de fevereiro, há 241 anos, apesar de que ainda levaria um tempo para que o papa o assinasse.