11 Fevereiro 2014
Os jesuítas franceses tinham trabalhado incansavelmente no extremo norte da América do Norte, especialmente em Quebec no Canadá. Tinha sido um trabalho árduo - com poucos convertidos, longas viagens e um clima amargamente difícil. No entanto, eles tinham alcançado mais sucesso ao sul, em Nova Orleans, na colônia de Louisiana.
A nota é publicada no sítio Jesuit Restoration 1814, 06-02-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Os jesuítas usaram o grande rio Mississipi para penetrar no interior, graças ao mapeamento e à exploração do Padre Marquette. Eles repetiram esse padrão de penetração no período de sua restauração. Um ponto de virada na missão tinha sido a chegada, em 1727, de Nicolas de Beaubois. Prático, imaginativo, senão um pouco impaciente, o sucesso veio rapidamente. Moinhos foram construídos, canais foram planejados, muito foi alcançado, apesar de os jesuítas estarem trabalhando contra uma resistência que vinha de dentro da igreja (dos capuchinhos) e de fora (dos colonos ingleses que estavam disputando com os franceses).
Enquanto isso, na Europa, havia uma grande batalha espiritual entre a Igreja e o Iluminismo. Os filósofos tinham a Companhia de Jesus em sua mira, e um lânguido Luís XV não iria ficar em seus caminhos. A Companhia estava perdendo a batalha pelos corações e mentes, em casa, para Voltaire e seus companheiros. Os jansenistas tinham uma hostilidade míope pelos jesuítas, porque não percebiam que estavam menos bem equipados com o seu antiquado "agostinianismo" para ganhar dos fanáticos do Iluminismo - a descrença seria o resultado, e não a sua forma rigorosa do catolicismo.
Clemente X havia banido as cartas de missionários, por quê? No passado, as cartas de Brebeuf e Jogue tinham criado muitos admiradores nos salões de Paris e nas tabernas de Marselha. Esses relatos de heroísmo e coragem haviam inspirado vocações e trazido para a Companhia muitos adeptos influentes. Agora, essa maré popular se voltava contra eles na França, graças aos escritos de Voltaire e Pascal.
É surpreendente que, na França, a supressão e a hostilidade aos jesuítas foram alimentadas mais por ideias do que pelas poderosas garras dos portugueses e dos espanhóis. No entanto, as perdas dessas batalhas intelectuais em Paris bateram forte, muito longe, nas missões. Até certo ponto, a mudança das fronteiras das potências coloniais (o Canadá francês havia sido cedido aos britânicos) afetaram o status dos jesuítas. No entanto, apesar de a Louisiana ter sido entregue à Espanha em 1762 por um tratado secreto, a ordem dos reis franceses foi executada. Os exilados zarparam de Nova Orleans, o barco encalhou nas Bahamas, mas finalmente chegaram à Espanha em 6 de abril.
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6 de fevereiro de 1763. Expulsão dos jesuítas da Lousiania pelo governo francês - Instituto Humanitas Unisinos - IHU