28 Janeiro 2014
"A ideia é fazer uma ocupação com grupos e movimentos diversos, com transmissão ao vivo todos os dias, com shows, com constituinte própria, com conselhos... É criar um pequeno pedaço de um novo mundo possível", anuncia Pablo Capilé, um dos principais articuladores do Fora do Eixo, rede sociocultural de trabalhos colaborativos, e da mídia Ninja – Narrativas Independentes de Jornalismo e Ação, em entrevista publicada pelo jornal Zero Hora, 25-01-2014.
Eis a entevista.
Você anunciou aqui no Conexões Globais que este ano o Fora do Eixo estará envolvido na fundação de uma República da Cinelândia, um território autônomo. É uma ocupação?
A ideia é fazer uma ocupação com grupos e movimentos diversos, com transmissão ao vivo todos os dias, com shows, com constituinte própria, com conselhos... É criar um pequeno pedaço de um novo mundo possível.
Mas não como um conceito, e sim como experiência em um espaço físico?
Em um espaço físico, no coração do Rio de Janeiro, que possa estabelecer diálogos com movimentos, com artistas, com jornalistas, com ativistas, não só de todo o Brasil, mas da América Latina e do mundo, em um ano fundamental para nós, que tem Copa, tem eleições. Criar uma zona autônoma permanente que consiga o tempo inteiro fazer um diálogo com a cidade, que consiga ter esses ativistas ali reunidos para acumularem juntos novos repertórios e, a partir dessa convivência conjunta, fazer com que essas inteligências gerem novas alternativas para esse enfrentamento e para os debates.
Vocês pretendem fazer essa ocupação perto da Copa?
Temos pensado ainda, dialogado com mais gente. Hoje foi a primeira vez que a gente falou publicamente a respeito disso. Nos próximos dois meses e meio, vamos estar sentando com o maior número possível de grupos e de movimentos, para sentir o que cada um pensa, para entender como que é, se é na Cinelândia, se é em outras praças ao mesmo tempo, se é no Brasil inteiro.
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“A ideia é fazer uma ocupação”. Entrevista com Pablo Capilé - Instituto Humanitas Unisinos - IHU