22 Janeiro 2014
Encorajar os gigantes do mundo fashion a mudarem a maneira como produzem suas roupas não é tarefa tão simples. Mas municiados com fatos e o poder coletivo dos suportadores como o leitor, torna-nos do Greenpeace aptos a alcançarmos um tipo de história de sucesso que anunciamos agora.
A reportagem foi publicada pelo sítio Nosso Futuro Roubado, 11-12-2012.
Hoje (24.10.2012), o conglomerado gigante inglês de confecções, Marks & Spencer, comprometeu-se a eliminar todas as liberações de substâncias químicas perigosas através de toda a extensão de sua rede de suprimentos e de produtos a partir de 2020.
A M&S associa-se à H&M no acerto do passo.
Como parte de seu compromisso a M&S deu um importante passo ao eliminar todos os perfluorcarbonos (PFCs) (sobre estas moléculas ver: Link e Link) não depois de 01 de julho de 2016, admitindo que o grupo inteiro destes químicos – que torna as roupas resistentes a manchas e à água – é perigoso. Como um usuário significativo destas substâncias – os PFCs –, a movimentação da Marks and Spencer para eliminar o grupo inteiro destas moléculas remete uma mensagem bem explícita à toda a indústria, incluindo as companhias químicas, que chegou o tempo de se banir definitivamente estes químicos.
Juntamente com o banimento dos PFCs, a M&S também reafirmou o banimento dos APEOs (nt.: Alkyphenolethoxylates ou em português, etoxilados de alquilfenol, uma família de químicos, alguns banidos na Comunidade Europeia – ver: Link) e prometeu estabelecer datas limites na eliminação de outras substâncias químicas perigosas prioritárias.
Somando-se a isso, a companhia se comprometeu a se tornar mais transparente sobre o que os seus fornecedores estão jogando em nossa água e começará a liberar os dados de emissões de cinco de seus fornecedores chineses. Este é um importante plano piloto que eles poderão expandir para todas as fábricas num futuro próximo, para que tanto a população que vive próxima das fábricas como os consumidores destas marcas possam ter o direito de saber o que está sendo despejado em suas fontes de abastecimento de água.
Qual é o próximo passo?
A lista negra de 11 grupos de substâncias químicas perigosas que inquirimos às marcas para que eliminasse, é apenas o começo. O trabalho necessita ser feito checando todas as substâncias químicas usadas na manufatura de têxteis, identificando quais as perigosas e substituindo-as por alternativas seguras, assim seus liberações para o ambiente serão interrompidas. Esta é a grande tarefa até a data limite de 2020.
Precisamos agir agora. A indústria têxtil está poluindo as fontes d´água em todo o mundo com substâncias químicas perigosas, persistentes e disruptoras endócrinas, ameaçando as nossas fontes hídricas através de seus esgotamentos privados. A M&S está mostrando a outras grandes marcas similares que podem, na verdade, agir rapidamente. Vamos conclamar às marcas que deixem de contaminar e aceitem o Desafio da Desintoxicação!
Vamos Agir Hoje:
Compartilhe esta história com suas listas, conhecidos e família para aumentarmos a consciência sobre este importante passo ‘ao longo da passarela’ em direção à uma moda fashion livre de venenos.
Insira sua foto para estrelar a próxima campanha no vídeo do “PeoplePowered” (Link) e conte-nos qual marca acha que deveria ser a próxima a ser ‘limpa’.
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Todos os louros para a gigante ‘Marks & Spencer’ - Instituto Humanitas Unisinos - IHU