Por: André | 03 Dezembro 2013
O Conselho de Superintendência do Instituto para as Obras de Religião (IOR), mais conhecido como Bancodo Vaticano, nomeou Rolando Marranci (foto), de 60 anos, novo diretor-geral da entidade financeira, na qual ocupava o cargo de subdiretor interino.
Fonte: http://bit.ly/18j4V0M |
A reportagem está publicada no sítio Religión Digital, 30-11-2013. A tradução é de André Langer.
De acordo com informações da Santa Sé, dadas em um comunicado, Marranci assume o cargo a partir deste sábado, mantendo-se assim ao lado do presidente do IOR, Ernst von Freyberg, na gerência de uma entidade que se viu envolvida há anos em escândalos financeiros.
A nomeação de Marranci, que desde o dia 1º de julho passado ocupava o posto de subdiretor geral interino e que anteriormente havia trabalhado em um banco italiano em Londres como chefe de operações, foi aprovado pela Comissão Cardinalícia que acompanha o funcionamento do banco.
O financista chegou à cúpula da direção em julho, após a demissão de seus até então diretor e subdiretor, Paolo Cipriani e Massimo Tulli, respectivamente, que anunciaram sua renúncia três dias após a prisão de três pessoas, entre elas um prelado, acusadas de fraude e corrupção no marco de uma investigação sobre irregularidades no IOR.
“Com a nomeação de Marranci termina a interinidade que havia sido assumida pelo presidente Von Freyberg após a demissão apresentada pelo diretor-geral Cipriani”, indicou, no sábado, o porta-voz da Santa Sé, Federico Lombardi, em um encontro com jornalistas no Vaticano.
Estas mudanças na gerência fazem parte da nova etapa aberta no IOR e que é promovida pelo Papa Francisco, que, em 26 de junho passado, criou uma comissão formada por cinco personalidades para investigar e tornar mais transparente o Banco do Vaticano, reunindo informações sobre suas atividades.
Nestas reformas, tem um papel principal o alemão Von Freyberg, que foi nomeado presidente do IOR em 15 de fevereiro passado em substituição ao italiano Ettore Gotti Tedeschi, destituído no dia 24 de maio de 2012, após ver-se salpicado por irregularidades investigadas pela Promotoria de Roma no contexto da prevenção de lavagem de dinheiro.
O IOR, com uma única sede na Cidade do Vaticano e personalidade jurídica própria, foi fundado por Pio XII em 1942 e nele trabalham 112 pessoas.
Em 1º de outubro passado, o Banco do Vaticano, cujos segredos o haviam levado a ser incluído na “lista negra” das instituições financeiras, publicou pela primeira vez seu balanço anual, com um lucro líquido de 86,6 milhões de euros em 2012, dos quais 54,7 milhões de euros foram parar nas arcas da Santa Sé.
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Rolando Marranci, novo diretor-geral do Banco Vaticano - Instituto Humanitas Unisinos - IHU