''Não fizemos muita coisa na nossa assembleia anual'', afirma bispo dos EUA

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19 Novembro 2013

Os bispos norte-americanos fizeram poucas coisas reais durante a sua assembleia plenária anual em Baltimore na semana passada, disse um bispo e ex-secretário-geral adjunto da Conferência dos Bispos dos EUA.

A reportagem é de Joshua J. McElwee, publicada no sítio National Catholic Reporter, 14-11-2013. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Nos últimos anos, diz Dom Robert Lynch, bispo de St. Petersburg, na Flórida, os bispos "lutaram" para atender uma agenda cheia em um prazo de três dias.

Desta vez, afirma, "além de aprovar alguns textos litúrgicos necessários, dar permissão para uma comissão para desenvolver uma declaração pastoral sobre a pornografia, não fizemos muito para fazer avançar o reino de Deus na terra – ao menos publicamente".

Lynch, que atuou como secretário geral na Conferência de 1984 a 1995, fez essa declaração sobre a assembleia deste ano em uma postagem em seu blog diocesano pessoal.

Os bispos se reuniram para a sua assembleia anual em um hotel de Baltimore de segunda a quarta-feira passadas. As sessões de segunda e terça-feira foram abertas para a imprensa, enquanto o restante foi realizado a portas fechadas durante as chamadas sessões executivas.

Lynch criticou os bispos por realizarem essas reuniões privadamente, dizendo que elas impedem que as pessoas ouçam os argumentos e os debates dos prelados.

"Houve muitas vezes nos últimos anos em que eu quis que o povo de Deus pudesse ouvir o debate e o engajamento dos seus bispos sobre muitos dos assuntos nas sessões executivas", escreveu. "Alguns dos melhores debates e discussões, os mais reflexivos e caridosos, ocorreram nelas".

"Certamente há momentos e assuntos em que precisamos estar em uma sessão executiva, mas isso está se tornando mais a norma do que a exceção", continou o bispo. "A Igreja sofre, a credibilidade foge pela porta em certos círculos, e isso pode parecer covardia para alguns".

Entre os eventos das sessões públicas dos bispos, houve discursos do cardeal de Nova York, Timothy Dolan, e do embaixador vaticano, o arcebispo Carlo Viganò, debates curtos sobre uma série de novas traduções litúrgicas e a eleição de novos diretores para a Conferência.

Dolan, que atuava como presidente dos bispos desde 2010, deixou o cargo no fim do encontro. O arcebispo de Louisville, Kentucky, Dom Joseph Kurtz, foi eleito como seu substituto.