Antissemitismo e intolerância. Nova condenação do Papa

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Por: André | 25 Outubro 2013

O Papa Francisco insistiu, na manhã desta quinta-feira, na sua condenação do antissemitismo e da discriminação diante de qualquer minoria étnica ou religiosa. O Pontífice também recordou que, atualmente, há muitíssimos cristãos perseguidos no mundo. Disse que quando uma minoria qualquer sofre a perseguição, toda a sociedade está em perigo e isso deve dizer respeito a todos. Afirmou estas coisas ao receber em audiência, na Sala Clementina do Palácio Apostólico, a delegação do Simon Wiesenthal Center, organização internacional judaica que se ocupa da defesa dos direitos humanos. “Sei que este encontro havia sido programado há tempo, por meu amado predecessor Bento XVI”, recordou Francisco.

 
Fonte: http://bit.ly/H4bGfQ  

A reportagem é de Domenico Agasso Jr e publicada no sítio Vatican Insider, 24-10-2013. A tradução é de André Langer.

“Tive a oportunidade de insistir em diferentes ocasiões, durante as últimas semanas, na condenação da Igreja de qualquer forma de antissemitismo”. A última foi a audiência reservada aos líderes da comunidade judaica romana, que aconteceu, casualmente, no dia da morte do ex-oficial nazista Erich Priebke (11 de outubro).

“Hoje, gostaria de destacar que o problema da intolerância deve ser enfrentado em seu conjunto: ali onde uma minoria qualquer é perseguida e marginalizada devido às suas convicções religiosas ou étnicas, o bem de toda a sociedade está em perigo e isso deve dizer respeito a todos”. O Pontífice recorda “com particular dor os sofrimentos, a marginalização e as autênticas perseguições que não poucos cristãos estão sofrendo em diferentes países do mundo. Unamos nossas forças para favorecer uma cultura do encontro, do respeito, da compreensão e do perdão recíprocos”.

Para a construção desta cultura, o Papa recordou “a importância da formação: uma formação que não é apenas transmissão de conhecimentos, mas passagem de um testemunho vivido, que pressupõe o estabelecimento de uma comunhão de vida, de uma “aliança” com as gerações jovens, sempre aberta à verdade. E aos jovens “devemos transmitir não apenas os conhecimentos sobre a história do diálogo judeu-cristão, sobre as dificuldades passadas e sobre os progressos que houve nas últimas décadas: devemos, sobretudo, ser capazes de transmitir a paixão pelo encontro e pelo conhecimento do outro, promovendo o envolvimento ativo e responsável dos nossos jovens”.

Ao final, o Papa exortou a “continuar transmitindo aos jovens o valor do esforço comum para rechaçar os muros e construir pontes entre as nossas culturas e tradições de fé. Vamos em frente com confiança, coragem e esperança. Shalom!”.