Acusado por chacina de Unaí filia-se ao PMDB e sairá candidato a deputado estadual

Mais Lidos

  • “O capitalismo do século XXI é incapaz de atender às necessidades sociais da maioria da população mundial”. Entrevista com Michael Roberts

    LER MAIS
  • Zohran Mamdani está reescrevendo as regras políticas em torno do apoio a Israel. Artigo de Kenneth Roth

    LER MAIS
  • Guiné-Bissau junta-se aos países do "cinturão de golpes militares" do Sahel e da África Ocidental

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

Por: Cesar Sanson | 11 Outubro 2013

O ex-prefeito de Unaí (MG) Antério Mânica filiou-se ao PMDB na última sexta-feira (4). Sem partido desde o final do ano passado, quando deixou o PSDB, ele confirmou que sairá candidato a deputado estadual no ano que vem. Mânica é um dos acusados de ser mandante na chamada chacina de Unaí, na região noroeste de Minas, em janeiro de 2004, quando três auditores-fiscais e um motorista do Ministério do Trabalho e Emprego foram mortos a tiros.

A reportagem é de Vitor Nuzzi e publicada pela Rede Brasil Atual, 10-10-2013.

Ele disse ter sido convidado por “diversos” partidos e optou pelo PMDB “pelas condições locais”. Na semana passada, o jornal mineiro O Tempo publicou reportagem sobre a possível candidatura, fazendo com que a direção do partido em Minas Gerais divulgasse nota afirmando não ter “interesse” na filiação do ex-prefeito, que administrou Unaí de 2005 a 2012 – no ano passado, o candidato do PSDB, o vice-prefeito José Gomes Branquinho, foi derrotado por Delvito Alves, deputado do PTB.

Para Mânica, o julgamento do caso Unaí não terá reflexo na campanha. "Acredito que vai ser julgado muito antes do período eleitoral. O julgamento já era para ter ocorrido. Quem impediu foi a acusação", reagiu.

Dois dos acusados, entre eles o empresário Norberto Mânica, irmão de Antério, entraram com pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para que o julgamento seja realizado em Unaí e não em Belo Horizonte, como está previsto. A Primeira Turma do STF suspendeu a análise dos HCs após pedido de vista feito pelo ministro Dias Toffoli. Por enquanto, a votação está empatada – o relator, Marco Aurélio Mello, já se manifestou a favor do pedido, enquanto Rosa Weber votou contra. Faltam três votos.

Antério disse estar à espera da decisão, mas manifestou sua preferência por Unaí, até pelo noticiário considerado desfavorável na capital mineira sobre o episódio de 2004, que ele chama de "tragédia". "Infelizmente, o que a imprensa publicou sobre mim é praticamente zero de verdade. O que está no processo não é o que está na imprensa."

Três acusados de serem os executores foram julgados e condenados em agosto pela Justiça Federal de Minas Gerais.