Bachelet amplia a margem de vantagem

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Por: Jonas | 31 Agosto 2013

Frente à consulta a respeito de quem se acredita que será o próximo presidente do Chile, 75% apontaram a doutora socialista [Michelle Bachelet] (foto), sendo 6% os que pensam que será Evelyn Matthei, ex-ministra do Trabalho de Sebastián Piñera.

 
Fonte: http://goo.gl/Wuw7RW  

A reportagem é de Christian Palma, publicada no jornal Página/12, 30-08-2013. A tradução é do Cepat.

Trata-se da pesquisa mais esperada e influente do Chile. E ainda que nesta oportunidade tenha sido ofuscada pelos surpreendentes fatos políticos que modificaram a corrida para o Palácio La Moneda, a pesquisa do Centro de Estudos Públicos (CEP), aplicada entre julho e agosto deste ano, divulgada ontem, revelou o que muitos já sabiam: a candidata da Nova Maioria, Michelle Bachelet, tem muitos pontos a mais, talvez demasiados, que sua mais próxima adversária, a carta da direita Evelyn Matthei, nas preferências presidenciais para as eleições do dia 17 de novembro.

De acordo com a pesquisa, 44% dos entrevistados disseram que gostariam que a ex-presidente voltasse ao Palácio La Moneda, frente aos 12% que se inclinam em favor de Matthei, filha de um ex-general e ex-membro da Junta de Governo liderada por Pinochet. Estes resultados consideram o período posterior à baixa do outrora candidato da Aliança, Pablo Longueira, da corrida presidencial e quando o partido de extrema direita, a União Democrática Independente (UDI), designou Evelyn Matthei como porta-bandeira.

O independente Franco Parisi obtém 4%, a mesma pontuação de Marco Enríquez-Ominami (PRO). Marcel Claude conquista 2% das menções, enquanto 20% não sabem ou não responderam. O restante fez menção a nomes diferentes.

No entanto, isto não é tudo. Frente à consulta a respeito de quem se acredita que será o próximo presidente do Chile, 75% apontaram a doutora socialista, sendo 6% os que pensam que será Matthei, que também foi ministra do Trabalho de Sebastián Piñera.

A pesquisa foi realizada com 1471 pessoas no total, sendo que 1306 foram entrevistadas quando Matthei já era candidata. Por isso, o CEP entregou os resultados nos dois momentos, primeiro considerando quando Longueira era o indicado e depois quando Matthei assumiu a candidatura.

Em relação à avaliação dos políticos – que não implica necessariamente adesão a eles -, Bachelet volta a liderar a lista, já que apesar de cair 11 pontos, desde a pesquisa anterior, obtém 64% de avaliação positiva e 15% de negativa.

A candidata da situação, por sua vez, registra 32% de avaliação positiva e 39% negativa, ao passo que o líder do PRO chegou a 37% de percepção positiva e 18% negativa.

A pesquisa obteve um nível de resposta de 79%, sendo que a margem de erro atinge 3%, com 95% de confiança.

A coordenadora do setor de opinião pública do CEP, Carolina Segovio, insistiu que a pesquisa incluiu apenas perguntas abertas, em relação às candidaturas presidenciais, por causa da renúncia de Pablo Longueira à corrida presidencial. Fato que ocorreu no dia 17 de julho, quatro dias depois que havia começado o trabalho de campo do CEP correspondente a julho-agosto.

“O trabalho de campo foi suspenso por três dias porque a pesquisa incluía perguntas que perdiam todo sentido se não havia candidato pela Aliança, e é retomado no dia 20 de julho, quando a UDI proclama Matthei”, explicou Segovia.

A pesquisa anterior do CEP, divulgada em janeiro deste ano, incluiu perguntas fechadas e apontou que 54% dos entrevistados demonstravam estar “decididos” a votar em Bachelet.

Antes de se conhecer os resultados, na direita já haviam feito o curativo antes mesmo da ferida. O generalíssimo de campanha de Evelyn Matthei, Joaquín Lavín, adiantava que os resultados da pesquisa “tem validade zero”.

A porta-voz do comando de Matthei, a senadora Lily Pérez, afirmou que os resultados da pesquisa do CEP são remontáveis.

“Esta pesquisa ocorreu num momento muito especial. Efetivamente, muitas mudanças com os candidatos tinham ocorrido. Portanto, o mais importante não é o resultado de uma pesquisa, o importante é que nós iremos ganhar isso”, disse.

Com outra posição, Michelle Bachelet se referiu aos resultados. “Meu compromisso é continuar trabalhando, visitar as comunas, visitar todo o Chile, somando apoios para nossa candidatura, porque acredito que o Chile deve ser melhor e pode ser melhor e me comprometo com isso”, disse, ao ser consultada a respeito da pesquisa.