Cientista alemã alerta para processo de acidificação dos oceanos

Mais Lidos

  • Cristo Rei ou Cristo servidor? Comentário de Adroaldo Palaoro

    LER MAIS
  • Dois projetos de poder, dois destinos para a República: a urgência de uma escolha civilizatória. Artigo de Thiago Gama

    LER MAIS
  • “Apenas uma fração da humanidade é responsável pelas mudanças climáticas”. Entrevista com Eliane Brum

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

27 Agosto 2013

Estudo de cientista alemã mostra que o processo de acidificação dos oceanos, em decorrência da dissolução de dióxido de carbono (CO2) na água, poderá acentuar o aquecimento global ao diminuir a emissão de gases de origem marinha. A pesquisa da alemã Katharina Six, do Instituto Max Planck, foi publicado na revista especializada Nature Climate Change. Para comprovar sua tese, a pesquisadora fez simulações.

A reportagem é de Renata Giraldi e publicada pela Agência Brasil – EBC, 26-08-2013.

O CO2 é um dos principais gases geradores de efeito estufa, emitido pela atividade humana em quantidades cada vez maiores, e é também o principal responsável pela acidificação da água dos oceanos, que absorvem cerca de um quarto das emissões totais. De acordo com Katharina Six, os efeitos da acidificação não levam em conta atualmente as projeções sobre a evolução das alterações climáticas devido ao aquecimento da atmosfera.

O estudo mostra que a baixa do índice de PH (que indica o grau de acidez) da água dos oceanos provoca uma baixa da concentração de dimetilo de enxofre (DMS), um gás produzido naturalmente pelo fitoplâncton (organismos vegetais aquáticos) e que tem influência no papel dos oceanos na regulação do clima. Ao ser libertado para a atmosfera, o DMS cria aerossóis que ao refletirem a luz do sol permitem reduzir a temperatura da superfície terrestre.

A pesquisa conclui, a partir de simulações, que uma baixa de 18% até 2100 das emissões do gás de origem marinha resultará num aquecimento global suplementar de entre 0,23 Celsius (ºC) e 0,48ºC – variação suficiente para que este mecanismo até agora desconhecido seja tido em conta em futuras projeções sobre o aquecimento global.