Os últimos rumores informam que o Padre Paolo Dall'Oglio (foto) estaria vivo. O simples o fato, no entanto, de a notícia ser difundida por um organismo que na semana passada informava sobre a sua morte, é suficiente para que os rumores sejam avaliados com extrema cautela.

A reportagem é de Giorgio Bernardelli e publicada pelo jornal La Stampa, 20-08-2013. A tradução é da IHU On-Line.

De Londres, o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos - Sohr -, declarou ontem que fontes próxima do Estado Islâmico do Iraque e do Levante - Isis -, afirmaram que o jesuíta italiano estaria ainda vivo.

O Observatório precisou que pediu ao grupo que divulgasse provas do fato. Mas isto, até o momento, não aconteceu. A informação deste organismo que, desde a Grã Bretanha, divulga notícias sobre o conflito sírio, chega depois que outras duas fontes, nos últimos dias, igualmente divulgaram a mesma informaçaõ sobre o Dall'Oglio.

De Raqqa, cidade do norte da Síria onde o jesuíta foi visto pela última vez no dia 28 de julho, Jad Bantha, ativista que afirma ter sido o último que encontrou o padre, escreveu no Twitter que um conhecido teria visto Dall'Oglio vivo nas prisões do Isis no dia 11 de agosto. Outras informações de que o jesuíta não teria sido assassinado vieram também do diretor de Orient TV, emissora próxima dos rebeldes que, inclusive, teve uma das suas equipes sequestrada em Raqqa, poucos dias antes do jesuíta italiano.

Como já temos aprendido - e o ministério das Relações Exteriores da Itália insiste sempre - trata-se de rumores impossíveis de serem confirmados na atual situação do Norte da Síria.

Vale recordar que os mesmos rumores contraditórios, extremamente estressantes, envolve, e já são quatro meses, a sorte dos dois bispos de Aleppo, o sírio-ortodoxo Youhanna Ibrahim e o grego-ortodoxo Boutros Yazigi. Desde o dia 22 de abril não se sabe sobre a sua sorte. Rumores contraditórios se sucedem e não se tem certeza de nada sobre eles.

O que é certo é a complexidade da situação de Raqqa. Nos últimos dias houve confrontos violentos entre os milicianos do Estado Islâmico do Iraque e do Levane e os ligados ao Exército Sírio Livre (Free Syrian Army). De fato, Raqqa, hoje, está sob o controle do grupo islâmico ligado à al-Qaeda e o padre Dall'Oglio não é o único prisioneiro. Tudo isto enquanto no nordeste da Síria continua a se espraiar a guerra intestina entre as milícias islâmicas e as curdas.