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Por: Jonas | 07 Agosto 2013

Robert Fisk faz uma análise dos bastidores da queda do presidente Morsi, no Egito, e questiona o que considera a criação de fantasias em torno do número de manifestantes que apoiaram o exército. O artigo é publicado pelo jornal The Independent, da Grã-Bretanha, e reproduzido pelo jornal Página/12, 06-08-2013. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

Por que a crise egípcia parece tão simples aos nossos políticos e tão complicada quando alguém vai ao Cairo? Comecemos com a imprensa egípcia. Os meios de comunicação se uniram no momento em que o general Abdel Fatah al-Sisi e seus homens removeram do poder o presidente Mohamed Morsi, no dia 3 de julho. Um grupo popular de televisão – de cujas ondas sonoras, ocasionalmente, falei na era pós-Mubarak – apareceu depois da tomada de poder, com seus jornalistas e apresentadores, todos elogiando o novo regime. E aqui está o insólito, todos apareciam na tela com o uniforme militar!

É claro, precisava criar fantasias. A primeira delas não era a pérfida, não democrática e terrífica natureza da Irmandade Muçulmana - ideia que havia sido implantada pelo menos uma semana antes do golpe -. Não. Era sobre a quantidade de manifestantes. “Milhões” nas ruas pediam a derrubada de Morsi. Estes milhões eram essenciais para a fantasia suprema: que o general Al-Sisi seguia a vontade do povo. Tony Blair – cuja certeza sobre as armas de destruição em massa no Iraque é bem conhecida – disse-nos que havia “17 milhões de egípcios nas ruas!” Isto merece um sinal de exclamação.

Depois, o Departamento de Estado dos Estados Unidos nos disse que havia 22 milhões nas ruas do Egito. Em seguida, o Index Democracia nos informou que havia 30 milhões manifestando-se contra Morsi e que havia apenas um milhão de partidários de Morsi nas ruas! Isto é realmente incrível. A população do Egito conta com cerca de 89 milhões de habitantes. Tirando os bebês, crianças, aposentados com idade avançada, isto sugere que mais da metade da população estava protestando contra Morsi. No entanto, diferente do Egito de 2011, o país continuava funcionando. De forma que, durante aquilo que o Sindicato de Escritores Egípcios agora chama “a maior manifestação política na história”, quem estava conduzindo os trens e os coletivos, os metrôs do Cairo, operando os aeroportos, ocupando-se das funções de polícia e do exército, das fábricas, hotéis e do Canal de Suez?

Graças a Deus, Al Jazeera trouxe um especialista estadunidense em multidões para demonstrar que esses números surgiram de um mundo dos sonhos. Ao redor da Praça Tahrir é impossível reunir mais de um milhão e meio de pessoas. Em Nasr City, um ponto de manifestações de Morsi, muito menos. Porém, o trabalho de campo tinha sido estabelecido.

Na semana passada, o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, pôde nos dizer para o exército egípcio, “milhões e milhões de pessoas (sic) haviam pedido que interviesse, todas elas temerosas do caos e da violência. E o exército não tomou o poder. Até onde sabemos, e até agora, para governar o país. É um governo civil. Efetivamente, (sic) está restaurando a democracia”. O que Kerry não mencionou foi que o general Al-Sisi escolheu o governo “civil”, renomeou a si próprio ministro da Defesa, depois nomeou-se vice-primeiro ministro do governo “civil” e permaneceu como comandante do exército egípcio. E que o general Al-Sisi nunca foi eleito. Entretanto, está tudo bem. Foi ungido por essas “milhões e milhões” de pessoas.

E o que o porta-voz militar disse quando lhe perguntaram como o mundo reagiria diante do “excessivo uso da força”, que matou 50 manifestantes da Irmandade Muçulmana, no dia 8 de julho? Sem reservas, respondeu: “Que força excessiva? Teria sido excessiva se tivéssemos matado 300 pessoas”. Isto já fala por si próprio. Contudo, quando se está aí, entre os 17 milhões, 22 milhões, 30 milhões, os “milhões de milhões”, o que importa?

Agora, ao Departamento da Palavra Clara. Deixe-me citar, aqui, o melhor comentarista sobre o Oriente Médio, Alain Gresh, cujo trabalho no Le Monde Diplomatique é, ou deveria ser, leitura obrigatória para todos os políticos, generais, oficiais de inteligência, torturadores e para cada árabe de toda a região. A Irmandade Muçulmana, escreve neste mês, resultou “fundamentalmente incapaz de se adaptar ao pluralismo político, de sair de sua cultura da clandestinidade, de se transformar em um partido, de fazer alianças. É verdade, criaram o Partido da Liberdade e a Justiça, mas este permaneceu totalmente sob o controle da Irmandade”. E qual é o papel verdadeiro de Al-Sisi em tudo isto? Deu-nos um sugestivo sinal em seu infame pedido aos egípcios, no dia 25 de julho, de autorizar o exército a “enfrentar a violência e o terrorismo”. Disse que havia dito para dois líderes da Irmandade, antes da queda, que a situação era “perigosa”, que as conversas de reconciliação deviam começar imediatamente. Os dois líderes, segundo Al-Sisi, tinham respondido que “grupos armados” solucionariam qualquer problema que surgisse. O general estava encolerizado. Disse que dava uma semana, antes do dia 30 de junho, para Morsi colocar fim à crise. No dia 3 de julho, enviou o primeiro-ministro, Hisham Qandil, e mais dois homens para convencê-lo de que fosse proativo e convocasse um referendo sobre a sua permanência no poder. A resposta foi “não”.

Al-Sisi disse para Morsi que “o orgulho político diz que se você é rejeitado pelas pessoas, ou você se rebaixa ou reestabelece a confiança por meio de um plebiscito. Algumas pessoas querem governar um país ou destruí-lo”. É claro, não podemos ouvir o ponto de vista de Morsi. Foi publicamente silenciado. Graças a Deus, pelo exército egípcio. E por todos esses milhões.


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