Por: André | 07 Junho 2013
O Papa fala muito sobre a pobreza, mas não se deve exagerar, porque, sobretudo a mídia usa as palavras de Bergoglio para desmascarar a suposta riqueza da Igreja.
A reportagem é de Luca Rolandi e publicada no sítio Vatican Insider, 06-06-2013. A tradução é do Cepat.
A afirmação é do arcebispo polonês Jozef Michalik, feita em um artigo publicado na revista católica Niedziela. No texto, o presidente da Conferência dos Bispos da Polônia expressa sua opinião sobre a forma como alguns meios de comunicação (poloneses, mas não apenas) apresentam as palavras de Jorge Mario Bergoglio, de forma unilateral e batendo apenas em seus apelos à pobreza.
Por isso, segundo Michalik, é necessário ter muito cuidado para não banalizar a verdadeira mensagem: afastar-nos dos bens materiais faz bem a todos, mas os meios comerciais e ideologizados tratam de empreender uma nova batalha contra a Igreja, que consideram “muito rica”, para o que usam o Papa como pretexto.
Dever-se-ia dedicar a mesma atenção, por exemplo, aos ensinamentos pontifícios sobre temas relacionados ao trabalho, à ética familiar ou à coragem da fé. Assim, pois, se lê no artigo que a pobreza é um dom espiritual que não se deve comparar com a miséria e muito menos com o elogio da indigência. João Paulo II, por exemplo, indicou o arcebispo polonês, não tinha nenhum apego aos bens materiais.
Os homens da Igreja devem evitar o luxo, posto que vivem das esmolas dos fiéis, mas o luxo não quer dizer ter um carro com um computador, o que é útil para o trabalho. Michalick concluiu sua reflexão indicando que a Igreja na Polônia tem riqueza humana e não material, como demonstram todas as doações que, graças à generosidade dos fiéis, permitiram que a Cáritas da Polônia enviasse 50.000 dólares às vítimas das enchentes na Argentina.
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Não interpretemos mal a ideia de “pobreza” do Papa Francisco, alerta bispo polonês - Instituto Humanitas Unisinos - IHU