Por: Cesar Sanson | 01 Mai 2013
A Central Sindical Internacional (CSI), a qual são filiadas algumas das principais centrais brasileiras, divulgou comunicado sobre o 1º de Maio afirmando que os trabalhadores enfrentam em todo o mundo “brutais ataques” a seus direitos. “A desigualdade e o desemprego atingiram níveis nunca antes alcançados, já que os governos continuam seguindo, custe o que custar, a política falida e destruidora da austeridade, ao mesmo tempo em que se mantêm as ofensivas contra a negociação coletiva”, diz a mensagem. “O futuro de toda uma geração de jovens corre atualmente grande risco.”
A reportagem é da Rede Brasil Atual, 30-04-2013.
Segundo a entidade, a ganância empresarial aumenta sem controle, ao custo da vida de milhares de trabalhadores, “mais recentemente em Bangladesh e no Paquistão, no incêndio e desmoronamento de fábricas”. Também são citados casos na Colômbia, Guatemala, entre outros países, onde “homens e mulheres sindicalistas seguem pagando o preço mais alto por seu compromisso com a justiça social, enquanto os trabalhadores turcos enfrentam a mão férrea da repressão judicial por defender seus direitos”.
Ainda para a CSI, a promessa de transformação no mundo árabe está se perdendo pela substituição “de uma autocracia por outra”. Na Europa, “décadas de progresso social estão sendo varridas sem trégua pelo poder sem limites das finanças mundiais, enquanto em toda a África os seres humanos continuam sofrendo com o saque internacional e a corrupção”. Além disso, a discriminação contra a mulher no trabalho segue “onipresente”. E os migrantes seguem sendo explorados e tratados como escravos, “inclusive em alguns dos países mais ricos do mundo”.
No documento, a central defende a consolidação de um espírito da solidariedade que se contraponha “à falsa promessa do neoliberalismo”. A entidade afirma que “os trabalhadores de todo o mundo demonstram sua capacidade de resistência frente ao modelo de globalização desenhado para beneficiar os riscos, às custas dos pobres”.
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Para central internacional, trabalhadores enfrentam 'brutais ataques' a seus direitos - Instituto Humanitas Unisinos - IHU