Petição contra presidente da CBF atinge 50 mil assinaturas na internet

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21 Março 2013

A petição online pedindo a renúncia do presidente da CBF, José Maria Marin, atingiu a meta de 50 mil assinaturas nesta quinta-feira, 21. Organizador do protesto, Ivo Herzog - filho do jornalista Vladimir Herzog, morto pela ditadura -, pretende agora levar a petição à entidade, às federações estaduais de futebol e aos 20 clubes da Série A.

A reportagem é de Breno Lemos Lopes e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 22-03-2013.  

Na manifestação lançada no dia 18 de fevereiro, o nome do dirigente da CBF é associado à prisão e à morte de Herzog, devido a discursos de Marin realizados contra o jornalista enquanto era deputado estadual pela Arena, em 1975.

"Atingimos a nossa meta, com mais de 50.000 pessoas assinando a nossa petição. Vamos entregar a todas as federações de futebol, para os 20 clubes da Série A e para a CBF no dia 1º de abril, quando se completará 39 anos do golpe militar de 1964", afirmou Herzog em entrevista ao Estado.

Ivo Herzog disse que teve a ideia de fazer a petição quando ficou sabendo dos depoimentos de Marin pedindo "providências" contra o jornalismo da TV Cultura, onde Vladimir Herzog trabalhava na época.

O autor da petição também elogiou a atuação do deputado federal Romário (PSB-RJ) ao pedir esclarecimentos de Marin na Comissão Nacional da Verdade.

No dia 14, o ex-jogador fez requerimento para a realização de uma audiência pública para apurar a relação entre o dirigente e a ditadura militar. O requerimento foi aprovado nesta quarta-feira, 20. "Há tempos não se via uma pessoa vinda do futebol tendo uma atuação tão séria na política", disse Ivo.

Também nesta quarta-feira Romário escreveu em seu perfil do Twitter que Marin deveria ser preso. No mesmo post, o deputado publicou um vídeo de autoria desconhecida que mostrava uma voz supostamente do presidente da CBF fazendo ameaças para pessoas que estariam negociando em nome da entidade.

Marin nega as acusações de envolvimento com a ditadura ou com a morte de Herzog. No último dia 13, ele utilizou o site da CBF para publicar um vídeo em que se defende.