20 Março 2013
O Papa Francisco receberá nesta quinta-feira o prêmio Nobel da Paz argentino Adolfo Pérez Esquivel, segundo a confirmação do chefe da Sala de Imprensa do Vaticano, o padre Federico Lombardi.
A reportagem é do sítio Religión Digital, 20-03-2013. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Pérez Esquivel negou, após a eleição do Papa Francisco, que este tivesse ligações com a ditadura argentina entre 1976 e 1983, como mencionam alguns críticos do novo pontífice, embora denuncie que "lhe faltou coragem" para acompanhar a sua luta pelos direitos humanos.
Em entrevista à rede BBC Mundo, Pérez Esquivel disse que "houve bispos que foram cúmplices da ditadura, mas Bergoglio não". Em todo caso, horas depois, ele matizou essa mensagem em sua conta no Twitter: "Ele não foi cúmplice direto da ditadura, mas lhe faltou coragem para acompanhar a nossa luta pelos direitos humanos".
"Questionam Bergoglio porque se diz que ele não fez o necessário para tirar da prisão dois sacerdotes, sendo ele o superior da congregação dos jesuítas. Mas eu sei pessoalmente que muitos bispos pediam à Junta Militar a libertação de prisioneiros e sacerdotes, e ela não lhes concedia", concluiu Pérez Esquivel em sua entrevista.
Além disso, em outra mensagem publicada na rede social Twitter, ele sentenciou que "não se pode desconhecer que grande parte da hierarquia eclesial argentina foi cúmplice da ditadura".
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Francisco receberá Adolfo Pérez Esquivel nesta quinta-feira - Instituto Humanitas Unisinos - IHU