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12 Março 2013

"Os volumes de resíduos são tão grandes - estimados em 30 milhões de metros cúbicos - e o material é tão complexo, que as etapas finais do descarte precisam ser cuidadosamente otimizadas, apesar da vida relativamente curta do contaminante principal: o radiocésio. Tendo em vista as montanhas de resíduos acondicionadas em sacos em locais de armazenamento simples que, inevitavelmente, se degradarão, o planejamento e desenvolvimento de instalações centralizadas de descarte tornou-se uma questão crítica", escrevem Shinichi Nakayama e Ian McKinley, em artigo publicado no jornal Valor, 12-03-2013.

Shinichi Nakayama é estudioso de gestão de resíduos radioativos na Agência de Energia Atômica do Japão e vem trabalhando na recuperação ambiental de Fukushima desde o acidente nuclear. Ian McKinley é sócio na MCM Consulting, Suíça, e dá apoio a projetos japoneses em gestão de resíduos há mais de duas décadas, mais recentemente como professor visitante nas universidades de Nagoya e Okayama.

Eis o artigo.

Dois anos se passaram desde o acidente nuclear em Fukushima e o interesse internacional em seu impacto está começando a se dissipar. Mas esse impacto continua repercutindo - e não apenas no debate público mundial sobre o futuro da energia nuclear. Mais de 100 mil pessoas continuam desalojadas pelo acidente, tendo algumas perdido famílias, casas, propriedades e até mesmo o desejo de viver.

A indústria nuclear japonesa, as agências regulamentadoras e fiscalizadoras e o governo têm a responsabilidade de explicar claramente por que os recursos científicos e tecnológicos não foram capazes de minimizar o risco e as consequências desse tipo de acidente num país geologicamente vulnerável como o Japão, por que a limpeza - inaceitavelmente cara - está sendo realizada em áreas de baixa contaminação, onde são previstos impactos insignificantes sobre a saúde pública, e por que não foi estabelecido um sistema bem definido e operacional de descarte de resíduos. As lições aprendidas podem ajudar a reduzir o risco de futuros acidentes e também facilitar a recuperação de áreas em todo o mundo contaminadas por elementos radioativos ou outras substâncias tóxicas.

O Japão tem uma respeitada reputação internacional no que diz respeito a gestão pós-catástrofes naturais. Mas a "tempestade perfeita" resultante do maior terremoto e tsunami desde a era da industrialização e o colapso resultante de três núcleos de reatores na usina de Fukushima Daiichi, extrapolaram quaisquer cenários anteriormente previstos. O governo nacional japonês e comunidades locais não tinham planos de emergência para a situação que enfrentaram nas áreas contaminadas, o que gerou reações improvisadas caracterizadas por ineficiência e comunicação ineficaz, especialmente no que diz respeito a riscos radiológicos.

Governo e indústria devem explicar por que a limpeza, inaceitavelmente cara, está sendo feita em áreas de baixa contaminação, onde são previstos impactos insignificantes sobre a saúde pública, e por que não foi estabelecido um sistema operacional de descarte de resíduos

Apesar desses problemas, medidas eficazes foram implementadas para evacuar as pessoas em perigo e limitar o risco potencial do consumo de alimentos contaminados. Comunidades locais iniciaram a descontaminação imediata de áreas críticas externas às zonas evacuadas (por exemplo, creches e escolas), paralelamente aos esforços da Agência de Energia Atômica do Japão (AEAJ) no sentido de desenvolver tecnologias para atenuação de danos dentro dessas zonas. Os projetos de teste e comprovação de eficácia resultantes estabeleceram uma base de conhecimento para apoiar um planejamento mais eficaz e a implementação de medidas corretivas regionais incrementais em termos de caracterização de sítio, tecnologia de limpeza e gestão temporária de resíduos.

Planejamento adequado é particularmente importante, porque medidas corretivas em tão larga escala - e numa área densamente povoada, com topografia e uso do solo complexos - nunca foram tentadas antes. Com o objetivo de estabelecer um entendimento local e disponibilizar informações à comunidade internacional, os resultados desse trabalho estão sendo resumidos em uma plataforma de comunicação de fácil utilização baseada na internet já em desenvolvimento.

O trabalho de descontaminação resulta em enorme volume de resíduos que precisam ser gerenciados - recolhidos, transportados, classificados, armazenados, reduzidos em volume, preparados para descarte e, finalmente, colocados em depósitos permanentes em níveis local, regional e nacional. Devido a pressões para permitir o rápido retorno de moradores desalojados, porém, os projetos de validação da AEAJ avançaram apenas até a criação de instalações de armazenamento temporário, concebidas como soluções improvisadas até que estejam disponíveis as instalações para o tratamento e descarte final dos resíduos.

Os volumes de resíduos são tão grandes - estimados em 30 milhões de metros cúbicos - e o material é tão complexo, que as etapas finais do descarte precisam ser cuidadosamente otimizadas, apesar da vida relativamente curta do contaminante principal: o radiocésio. Tendo em vista as montanhas de resíduos acondicionadas em sacos em locais de armazenamento simples que, inevitavelmente, se degradarão, o planejamento e desenvolvimento de instalações centralizadas de descarte tornou-se uma questão crítica.

Um problema grave é não ter ocorrido nenhum debate sobre qual grau de limpeza seria suficiente antes de a limpeza regional ter sido iniciada. Os projetos de comprovação de eficácia sob responsabilidade da AEAJ podem ser utilizados para desenvolver estimativas de custo e de outros recursos necessários - e dos volumes de resíduos resultantes - para níveis definidos de redução de contaminantes, mas eles não podem ser usados para especificar ou justificar as metas quantitativas de limpeza regional. Embora tenhamos as ferramentas e os conhecimentos para desenvolver uma abordagem mais holística, as restrições políticas e a aceitação pela opinião pública são tão importantes quanto as questões técnicas para a formulação de políticas de atuação.

Intimamente associada ao desafio de otimização das medidas corretivas é a compreensão de como os contaminantes irão comportar-se como resultado de processos naturais. Será que esses processos descontaminarão as áreas afetadas ou recontaminarão áreas limpas?

A AEAJ iniciou um projeto para criar modelos de software capazes de simular a distribuição futura da radioatividade em escala regional partindo de investigações de campo visando obter os dados necessários para desenvolver modelos de migração conceituais e matemáticos do comportamento ambiental de radiocésio. O projeto inclui equipes japonesas interdisciplinares, bem como experiência internacional, importante para assegurar que o projeto baseie-se em modelos usados em outros ambientes contaminados e beneficie-se de bancos de dados com séries históricas de incidentes mais antigos que podem ser usadas para testar o poder preditivo dos modelos.

Dois anos após o desastre de Fukushima, o Japão ainda sofre muitos problemas em termos de saneamento regional. Um problema não menos importante é extrapolar confiavelmente futuras distribuições de radiocésio, essencial para o desenvolvimento de processos eficazes de monitoração e formulação de planos de limpeza ótimos.


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