O sucessor de Bento XVI deve permitir que os padres se casem, deve abrir o sacerdócio às mulheres e permitir que os divorciados se casem na Igreja. Esses são os pedidos dirigidos por uma esmagadora maioria de alemães ao sucessor do Papa Ratzinger.

A reportagem é do sítio Vatican Insider, 19-02-2013. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

A pesquisa Politbarometer da segunda rede de televisão pública ZDF revela que 88% dos alemães e 84% dos católicos querem ver os padres casados, enquanto apenas 8% da população em geral e 12% da católica se opõe a isso. Outra maioria igualmente esmagadora dos alemães (83%) quer ver o sacerdócio aberto às mulheres, com apenas 13% contra.

Também neste caso, os católicos se alinham à opinião geral, com 75% que pedem o sacerdócio feminino, e 22% que o rejeitam. Cerca de 81% da população e 79% dos católicos também são favoráveis ao casamento na Igreja para os divorciados, com 13% dos alemães e 16% dos católicos de opinião contrária.

Sobre a idade máxima para o exercício da função papal, o país se divide, com 43% dos entrevistados favoráveis à renúncia de um pontífice ao chegar a uma certa idade, e 46% que rejeitam essa hipótese. Para 41% de católicos, o papa também deveria renunciar tendo uma vez chegado a uma determinada idade, com 52% contrários a essa perspectiva.

Enquanto isso, no L'Osservatore Romano, Dom Robert Zollitsch, presidente dos bispos alemães, pede desculpas ao pontífice. Na sua declaração de renúncia ao pontificado, "o papa pediu perdão por todos os seus erros. Na minha qualidade de presidente da nossa Conferência Episcopal, gostaria, ao invés, de lhe pedir perdão por todos os erros que talvez foram cometidos contra ele pela Igreja na Alemanha".

"O papa – conclui – foi enganado por pessoas do círculo estreito dos seus colaboradores: não lhe foi permitido nem esse importante espaço de proteção e de intimidade pessoal".