17 Fevereiro 2013
O cardeal Joachim Meisner, de Colônia, Alemanha, um dos amigos mais próximos de Bento XVI, revelou em uma entrevista ao Franfurter Rundschau que sugerira ao papa, no passado, que se livrasse do cardeal Tarcisio Bertone, porque ele estava se revelando ser incapaz de desempenhar o papel de secretário Estado. Mas o papa se recusou.
A reportagem é de Marco Tosatti, publicada no sítio Vatican Insider, 15-02-2013. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Meisner disse, dentre outras coisas: "Olhando para o futuro, o novo papa certamente deveria ser um homem de alta cultura como Joseph Ratzinger, com uma grande experiência humana e especialmente com uma saúde vigorosa. Não mais velho do que 70 anos, eu diria. João Paulo II me disse uma vez em um encontro privado: 'O perfil teológico do meu pontificado eu devo a Joseph Ratzinger'. Assim, uma mistura de Wojtyla e Ratzinger não seria tão ruim. Mas eu ainda não tenho uma opinião sobre o candidato apropriado".
Questionado se faltou a Bento XVI alguém que tivesse desempenhado o papel que ele teve com Wojtyla, Meisner respondeu: "O cardeal secretário de Estado não assegurou esse papel. Durante o caso Williamson, uma vez, representando um certo número de cardeais, eu fui ao encontro do papa e disse: 'Santidade, o senhor deve fazer com que o cardeal Bertone renuncie! Ele é que tem responsabilidade, como seria no caso de um governo secular'. Ele me olhou e respondeu: 'Escute-me bem! Bertone permanece! Chega, chega, chega!'. Depois disso, eu não abordei mais o assunto. É típico: os Ratzinger são leais. E isso não torna a vida deles mais fácil".
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Cardeal alemão pedira ao Papa a renúncia do Secretário de Estado - Instituto Humanitas Unisinos - IHU