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18 Setembro 2012

Na busca da felicidade como 'novo' leitmotiv do mundo gerencial, muitas vezes os de baixo acabam pagando a conta, avalia Ricardo Antunes, sociólogo, em artigo publicado no jornal O Estado de S.Paulo, 16-09-2012.

Citando a "ditadura do Blackberry", o sociólogo lembra que "BlackBerry era um grilhão usado durante a escravidão, nos Estados Unidos, que atava os pés dos negros como forma de impedir sua fuga. Só que agora adentramos na fase do grilhão digital".

Eis o artigo.

Numa primeira mirada, Felicidade S.A. parece mais um livro de autoajuda a entulhar as prateleiras das livrarias dos aeroportos e, assim, causar regozijo aéreo em quem lê só quando não tem mais nada que fazer. Mas as aparências enganam...

Depois de passar anos na editoria de Época Negócios, entrevistando gestores e consultores, lendo relatórios de pesquisas de diversos países, perseguindo autores clássicos e contemporâneos, Alexandre Teixeira, em seu métier jornalístico, realizou uma incursão nas ideias que povoam o mundo dos que vivem de negócios - etimologicamente, os que negam o ócio. Mergulhou no ideário gerencial dos que estão no topo. O resultado é forte: se a onda é a do ideário da felicidade, a pragmática que prolifera é a da corrosão.

Em suas entrevistas, o autor dialoga com os gestores e suas concepções acerca das relações entre felicidade e dinheiro, liderança e despotismo, sofrimento e ascensão, homem cordial e patriarcalismo, tempo livre e tempo poluído fora do trabalho, meritocracia e qualidade de vida, entre outros. Se, por vezes, o ex-editor de negócios aparenta estar absorto pelo ideário dos gestores, o repórter pesquisador sempre desconfia. Percebe que o movimento existente na superfície - a busca da felicidade como o "novo" leitmotiv do mundo gerencial - está em descompasso com a guerra das empresas globais em sua competitividade destrutiva. Esse descompasso faz com que o paralelo acabe por entrar em curto-circuito, e quando isso ocorre, são os "de baixo" que acabam pagando a conta.

É por isso que o autor afirma que se trata de "um livro sobre a felicidade no trabalho inspirado, em boa medida, pela ausência dela", dadas as "reclamações generalizadas sobre as jornadas de trabalho intermináveis" e a "ditadura do Blackberry", entre tantos outros elementos. E não é fora de propósito lembrar que BlackBerry era um grilhão usado durante a escravidão, nos Estados Unidos, que atava os pés dos negros como forma de impedir sua fuga. Só que agora adentramos na fase do grilhão digital.

Nas partes referentes às relações entre dinheiro, riqueza e felicidade, o autor demonstra que o ideário da felicidade é frequentemente obnubilado pelo frenesi do dinheiro e da riqueza. Chega a ser constrangedor ouvir gestores lá de cima, no cume do controle, afirmar que buscam mesmo é a felicidade. Seria interessante perguntar: qual é a base de sustentação dessa "nova felicidade"? Como vivem os proprietários/altos gestores/grandes acionistas entrevistados? Serão comedidos no número de automóveis que possuem? São monges em relação ao número de aposentos em suas mansões e na vastidão de suas propriedades para viver o gozo e a fruição? São constritos na parafernália de aparelhos informacionais-digitais (computadores, tablets, ipads, iphones, celulares, televisores, etc.) que possuem, eles, seus filhos e familiares? Ou será que a "felicidade" tão almejada no "espaço de trabalho" dos gestores é aquela que se erige a partir da abundância do consumo fetichizado e da superfluidade? Se assim for, seria também interessante indagar como a felicidade nos escalões de cima se sustenta e se fundamenta na "redução" das necessidades e carecimentos cotidianos daqueles que vivem no chão das empresas.

O livro apresenta um amplo leque de indicações sugestivas, especialmente à medida que vai descendo os degraus das hierarquias dos assalariados nas empresas: o Japão do emprego vitalício, por exemplo, ao ocidentalizar-se e praticar seu downsizing, não estaria vitimando especialmente seus jovens, dado que as corporações querem cada vez mais trabalhadores "diaristas"? A Google, ao oferecer condução para seus "colaboradores", com Wi-Fi para que possam conectar-se e laborar antes mesmo do horário de trabalho começar e ainda ofertar lavanderia para seus "colaboradores", não estaria se apropriando do tempo de trabalho de seus engenheiros e programadores? E a Atlasian, produtora australiana de software, ao criar o FedEx Day, "um dia de trabalho a cada trimestre no qual os funcionários ficam livres para trabalhar no que desejarem, com o único compromisso de entregar algo à empresa no dia seguinte", não estaria fazendo o mesmo? O resultado: em 18 realizações do dito-cujo, "550 projetos foram apresentados e 47 projetos ou aprimoramentos foram entregues a clientes da companhia". Não é preciso dizer que a ideia do FedEx Day se espalhou pela "aldeia global", pois instilar "ócio criativo" traz mesmo é aumento da massa de mais valia, através da subordinação dos trabalhos imateriais à forma-mercadoria.

E foi seguindo essa trilha que o qualificado livro-reportagem de Alexandre Teixeira, ao tratar da felicidade no trabalho, mesmo daqueles que dispõem de certo "capital cultural", esbarrou frequentemente em sua infelicidade. O que não dizer, então, dos que estão lá "em baixo", cuja felicidade em ter emprego convive cotidianamente com o risco de perdê-lo?


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