''Foi o Espírito Santo que me guiou'', afirma Paolo Gabriele

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06 Setembro 2012

Ele se descreve como um benfeitor da Igreja e coloca em questão a "centralidade" do Espírito Santo, para explicar as motivações do seu gesto. Nessa segunda-feira à noite, o programa L'Infedele, do canal italiano La7, transmitiu a entrevista completa com Paolo Gabriele (na foto, atrás de Bento XVI), o mordomo do papa preso em maio sob a acusação de roubar documentos do apartamento de Bento XVI.

A reportagem é de Giacomo Galeazzi, publicada no sítio Vatican Insider, 04-09-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Uma parte da entrevista já havia ido ao ar no La7 sem revelar, porém, a identidade de Gabriele. O ex-mordomo traçou o perfil de quem possibilitou a publicação dos documentos: trata-se de pessoas, ao menos 20, não relacionadas com lobbies de poder, mas que "se reconhecem na vontade de limpeza do seu guia", isto é, do papa.

"É um gesto de raiva, porque há uma espécie de silêncio para não trazer as coisas à tona, não por lutas de poder, mas sim por medo, temor. O nosso país é um país onde se pode entrar, fazer um massacre e ir embora sem problemas e, depois de 24 horas, ninguém pode falar sobre o que aconteceu", diz Gabriele, citando o caso Estermann, "ou desaparece uma menina e, por 30 anos, não se encontra ninguém que diga algo sobre o que aconteceu", referindo-se à história de Emanuela Orlandi.

Comenta o famoso Papa Ratzinger Blog: "E pensar que há anos, na nossa pequenez, estamos dizendo que o papa quer fazer limpeza, mas encontra dificuldades ou, melhor, encontra alguém que constante e cotidianamente coloca bastões entre as rodas da Cúria e das dioceses".

E acrescenta: "Realmente Gabriele foi necessário, porque não havíamos entendido isso! A verdade é que o verdadeiro poder está em outro lugar e que o papa da transparência e da limpeza está trancado na garganta de muitos. Nem todo o mal vem para prejudicar, visto que, ao relatar as declarações de Gabriele, será preciso também relatar as duas palavras mágicas: papa e limpeza".