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Celso, a nova sofística contra o cristianismo

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13 Agosto 2012

Celso compôs um escrito polêmico contra os cristãos em torno do ano 170 d.C. Cerca de 70 anos depois, o grande teólogo Orígenes foi solicitado pelo seu patrocinador Ambrósio, rico e poderoso expoente da burocracia imperial e cristão convicto, a redigir uma resposta às críticas movidas por Celso à nova religião.

A análise é de Marco Rizzi, professor de literatura cristã antiga da Università Cattolica del Sacro Cuore, em artigo publicado no jornal Corriere della Sera, 09-08-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Comumente, diz-se que a história é escrita pelos vencedores. Às vezes, porém, são os vencedores que salvam ao menos os escritos dos derrotados, permitindo-nos assim conhecer outro ponto de vista sobre a mesma história. É o caso de Celso, que compôs um escrito polêmico contra os cristãos em torno do ano 170 d.C.

Cerca de 70 anos depois, o grande teólogo Orígenes foi solicitado pelo seu patrocinador Ambrósio, rico e poderoso expoente da burocracia imperial e cristão convicto, a redigir uma resposta às críticas movidas por Celso à nova religião.

Não deve admirar o longo intervalo de tempo. De fato, perto da metade do século III d.C., decaída a dinastia dos Severi, o império estava passando por um período de crise como o vivido nos tempos de Marco Aurélio, inspirador de Celso: instabilidades nas fronteiras, crise econômica e fiscal, afastamento das classes dirigentes das tarefas administrativas e políticas que garantiam a solidez do Estado. Portanto, voltavam à sua atualidade as acusações contra os cristãos de representarem uma espécie de "quinta coluna" que enfraquecia o império a partir de dentro.

Assim nasceu o poderoso – e ponderoso – tratado Contra Celso, que se estende por oito longos livros. Em um primeiro momento, para melhor contrastar as acusações, Orígenes pensou em reagrupá-las por assunto; em um certo ponto, porém, se deu conta de que esse modo de proceder se revelava muito laborioso, e decidiu se limitar a seguir o texto de Celso, rebatendo de vez em quando os argumentos expostos por este último e reportados sob a forma de extensas citações.

Desse modo, é possível reconstruir, nas suas linhas gerais, e em grande parte também no texto original, o escrito que Celso intitulou Alethes logos, "Discurso verdadeiro" ou "Discurso de verdade".

A verdade que Celso opõe aos cristãos se estrutura em torno de dois princípios fundamentais: o logos, ou seja, o princípio de racionalidade que encontra a sua expressão máxima na filosofia grega, e o nomos, a "lei", entendida como a soma das tradições ético-civis dos povos reunidos em unidade pelo governo iluminado de Roma.

Diante desses dois princípios, validados por uma venerável antiguidade e por uma secular elaboração cultural, estão, para Celso, a irracional credulidade dos cristãos e a sua intolerância à ordem estabelecida, fruto de um instinto de revolta, a stasis, que os cristãos teriam herdado dos seus progenitores, os judeus.

Não é esse o único aspecto que nos faz entender como Celso se documentou cuidadosamente sobre a nova religião para escrever o seu ato de acusação. O próprio Orígenes, em vários pontos, deve reconhecer a competência do seu adversário e se empenhar a fundo para desmentir as interpretações propostas por Celso sobre alguns textos bíblicos e sobre a figura de Jesus (a propósito do qual, dentre outras coisas, é relatado o boato de um nascimento ilegítimo seu entre um centurião romano e uma prostituta judaica).

Não sabemos muito sobre a personalidade histórica de Celso. Orígenes o apresenta como um filósofo epicurista, ou seja, ateu, já que os seguidores de Epicuro negavam a existência da providência e de qualquer interesse das divindades pelos seres humanos. Essa definição, porém, parece destinada a deslegitimar radicalmente a posição de Celso, que mostra, ao invés, um bom domínio da cultura filosófica comum em torno da metade do século II. No entanto, as preocupações marcadamente políticas e o cuidado retórico com o qual ele redige o tratado – por exemplo, para torná-lo mais eficaz, Celso põe na boca de um sábio judaico a ilustração do nascimento do cristianismo a partir do judaísmo – o levam ao leito do rio do movimento da segunda sofística, uma corrente intelectual que se desenvolveu a partir do império de Adriano, que via no encontro entre a tradição cultural grega e o Império Romano o momento mais alto da história da humanidade: logos e nomos, precisamente.

Diferentemente do seu escrito, Celso não sobreviveu à derrota. Mas estaria certo dizer que ele ficaria pouco surpreso ao constatar como, nos séculos posteriores, a Igreja construiu a sua legitimação justamente em torno da pretensão de representar a forma mais alta de racionalidade, coincidente com o Logos de Deus, e de incorporar a própria ideia de tradição.

O doloroso apelo conclusivo de Celso, para que os cristãos se inclinassem em apoio ao império em dificuldades, no fundo, recebeu a mais inesperada das respostas.


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