10 Agosto 2012
O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) afirma que a crise econômica recomenda prudência ao governo na negociação com os servidores, mas indica as chances de haver aumentos, mesmo que pontuais.
A entrevista é publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 10-08-2012.
Eis a entrevista.
Na crise de 2009, o governo Lula reajustou os salários. O que mudou?
Em 2009, a crise, apesar de aguda, seria de duração curta. Hoje, estamos diante de uma crise profunda e sistêmica. Por isso é recomendado prudência maior. Não é verdade que o governo não conversa com os grevistas. O real é que o governo, para a maioria das categorias, ainda não apresentou proposta. Temos até o dia 31 para fazê-lo. Estamos tentando esgotar todas as possibilidades, cotejando os números para ver que propostas vamos fazer.
Há espaço para dar aumento?
Se não tivesse espaço, o governo já teria dito. Não está fechada a temporada de negociação.
O corte de ponto é medida negociável?
Sempre há a possibilidade de fazer reposição [dos dias descontados]. Eu disse aos funcionários que voltassem ao trabalho para negociar. O governo não pode deixar que se confunda greve com férias coletivas.
Sindicatos dizem que Dilma é mais dura que Lula.
O governo está jogando mais duro porque a crise nos obriga a jogar mais duro. O presidente Lula mais de uma vez foi contra o abono dos dias parados. Cansei de vê-lo cobrando o desconto.
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Temporada de negociação não está encerrada, diz ministro - Instituto Humanitas Unisinos - IHU