Golpe na ditadura de Assad, apesar de duro, está longe de ser fatal

Mais Lidos

  • Folia de Reis: Memória viva que caminha. Auto de Natal de Célio Turino

    LER MAIS
  • Decretos de Natal. Artigo de Frei Betto

    LER MAIS
  • Human Nature: um auto de Natal para a Babilônia de ferro e isopor. Por Thiago Gama

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

Natal. A poesia mística do Menino Deus no Brasil profundo

Edição: 558

Leia mais

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

19 Julho 2012

Um golpe no coração do regime: é assim que imediatamente se apresenta o atentado na Síria. Não se sabe ao certo como foi desferido. Seja como for, há apostas seguras sobre o que resultará dele, e a mais importante é que a violência vai se intensificar.

O comentário é de Salem H. Nasser, coordenador do Centro de Direito Global da Faculdade de Direito da Fundação Getulio Vargas, e publicado pelo jornal Folha de S. Paulo, 19-07-2012.

Por um lado, assim como o reconhecimento de que uma guerra civil se instalava e, portanto, a violência tinha dois lados permitiu ao regime uso mais indiscriminado da força, este último golpe tenderá a alimentar esse senso de violência justificada.

Por outro, na medida em que esse golpe será percebido pela insurgência como vitória importante e sinal de iminência da queda do regime, servirá para alimentar sua disposição de combate.

Por trás desse cenário interno, com dois lados dispostos a uma luta sangrenta e duradoura, há um pano de fundo em que rivalidades regionais e globais reforçam a dinâmica de conflito aberto.

Já não é segredo que a insurgência é armada e apoiada por atores regionais, com o beneplácito ou a participação ativa do Ocidente, assim como está clara a importância que tem para o regime o apoio de alguns países.

Assim, o que se costuma chamar de comunidade internacional alimenta efetivamente uma guerra civil em que o espírito que animava as revoltas árabes, a vontade de autonomia e liberdade, aos poucos se afoga e se dilui.

Esses braços externos, que hoje têm por campo de batalha o Conselho de Segurança, só deixarão de alimentar o conflito quando o custo político ou os riscos aos próprios interesses forem muito altos.

Quando esse dia chegar, e algum compromisso for tentado, restará saber se isso bastará para apagar o fogo.