16 Julho 2012
O carro deixa a sinuosa estrada de asfalto que corta ao meio a cidade espremida entre morros para entrar em outra sucessão de curvas, só que agora mais estreitas e em piso de terra batida. Passa só um pouco do meio da tarde, mas no inverno da região montanhosa o sol já começa a se esconder por trás das pastagens e plantações de tomates quando, seis a sete quilômetros à frente, chegamos a Guaribu, um dos muitos subdistritos rurais de Paty do Alferes, cidade essencialmente agropastoril das serras fluminenses.
A reportagem é de Chico Santos e Diego Viana, do jornal Valor, 13-07-2012.
Não há ruas, mas casas esparsas à beira da estrada. Uma das mais novas delas é a 25ª congregação da igreja evangélica Assembleia de Deus no município de apenas 26.359 habitantes (2010). Algumas dezenas de metros adiante fica a porteira do alambique artesanal que produz a Pinga do Zeca e outros rótulos, algo em torno de 25 mil litros por safra. Há pelo menos outros três alambiques no município, produzindo, no conjunto, mais de 120 mil litros por safra, segundo cálculos de Gabriel Peralta, 29 anos, herdeiro da Pinga do Zeca que afirma conviver muito bem com a igreja vizinha: "Eles falam para não beber, que a bebida faz mal, mas preconceito, discriminação, não sinto nada não".
Em Paty do Alferes, o município proporcionalmente mais evangélico (46,17%) do Estado mais evangélico da região Sudeste do Brasil, o Rio de Janeiro (34,3%), o crescimento das religiões pentecostais e neopentecostais, muitas delas consideradas um tanto conservadoras, ainda não abalou, ao menos com evidência, símbolos e hábitos arraigados. A produção e consumo de pinga é uma tradição na cidade, cuja prefeitura prepara-se para adquirir, como atração turística, o Museu da Cachaça ali criado e mantido desde 1991 por um casal que reuniu cerca de 1.400 rótulos de todo o Brasil.
Cachaça e fé se encontram em junho, na tradicional Festa do Tomate, surgida em 1979 para celebrar o principal produto da economia local (25,6 mil toneladas produzidas em 2010, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE). Promovida pela prefeitura desde que Paty do Alferes emancipou-se da vizinha Vassouras, em 1987, a festa é sempre aberta com uma noite gospel e se prolonga por mais quatro noites profanas, sempre no feriado de Corpus Christi, uma data da liturgia católica.
A confluência das celebrações - econômica, católica, evangélica e profana - na pequena cidade fluminense reflete a tendência da demografia religiosa brasileira, explicitada nos dados do Censo de 2010. Por trás da redução da proporção de católicos e do aumento do número de evangélicos no Brasil, transparece uma ampliação significativa da chamada pluralidade religiosa. O geógrafo Alberto Pereira dos Santos, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), aponta para o também expressivo aumento no número de fiéis que não se ligam a nenhuma igreja em particular. Dos 15,3 milhões de pessoas "sem religião" recenseadas, apenas 740 mil se declararam ateias ou agnósticas. As demais professam sua fé privadamente ou frequentam diversas religiões.
"No interior de Minas há a tradição de santeiros. Lá tem evangélicos fazendo santos porque faz parte da tradição turística da região. A única diferença é que eles dizem que as imagens que fazem são de pessoas [os evangélicos não aceitam, como os católicos, a existência de santos e nem cultuam imagens]", comenta a antropóloga Clara Mafra, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e editora da revista "Religião & Sociedade".
O relato da pesquisadora tem paralelo em Paty do Alferes. A católica Rosângela Alves Medeiros, que vende mel de abelhas e pinga no Apiário do Ciço, contou que "muitos amigos crentes trazem aqui amigos para comprar cachaça". E Marlene Maria de Moura, encarregada do Museu da Cachaça, observa que, nos fins de semana, quando a casa está aberta, não são raras as visitas de evangélicos que, segundo ela, vão para conhecer o acervo "e até para levar uma cachacinha".
O mineiro Márcio Moreira, 47, é pintor de automóveis em Paty do Alferes e também trabalha como pedreiro na manutenção das instalações do Museu da Cachaça. É evangélico da igreja Monte Sião, convertido há menos de três anos por influência de sua segunda mulher. Ele afirma que, mesmo trabalhando no Museu, consegue controlar a vontade de beber que sente de vez em quando, mas admite ter amigos convertidos que ainda tomam seus goles. "Aqui ainda tem muito 'bebo' caindo pela rua no fim de semana", diz.
"A Bíblia não proíbe beber. Proíbe se exceder", afirma com toda a sua autoridade o pastor João Alto da Silva, 66 anos, convertido aos 15, principal líder da Assembleia de Deus em Paty do Alferes. Alto da Silva é o pastor da igreja do Jardim, um grande templo com 1,5 mil lugares e que tem, segundo o pastor, 4 mil fiéis "com identidade". As 25 congregações da Assembleia de Deus espalhadas pelo município estão ligadas ao templo que ele dirige, hoje com exclusividade, após 36 anos dividindo o trabalho religioso com o ofício de barbeiro.
Segundo o IBGE, o rebanho do pastor João do Alto saltou de 16,32% da população de Paty em 2000 para 23,3% em 2010. O pastor admite que há obreiros que decidem sair e fundar suas próprias denominações e afirma que há hoje no município "mais de cem igrejas". Ele explica o sucesso do seu trabalho pelo esforço concentrado nos adolescentes e crianças. "A igreja trabalha na direção de recuperar as pessoas, até porque - eu digo para eles [os fiéis] -, igreja é lugar mesmo de pessoas que têm dificuldades para caminhar sozinhas", afirma o pastor, cuja igreja desenvolve trabalhos em várias direções, como música e cursos profissionalizantes.
Desvinculados da obrigação de seguir uma hierarquia como a católica, outros cristãos se sentem livres para criar novas igrejas, mais adequadas a suas próprias concepções de fé. Com isso, é possível criar discursos religiosos "customizados", ou seja, adaptados a cada tipo de pessoa que busca consolo espiritual. "Tem um discurso para o homem, outro para a mulher, outro para o jovem, outro para a família. Hoje, existem igrejas para socialites, para surfistas e já soube que também estão surgindo igrejas gay", diz o demógrafo José Eustáquio Diniz Alves, da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE. Santos lembra que o Censo de 2000 teve mais de 35 mil respostas diferentes para a pergunta "qual é a sua religião".
O quadro das religiões no Brasil está cada vez mais complexo, argumenta Santos, que no ano passado defendeu a tese "Geopolítica das Igrejas e Anarquia Religiosa no Brasil", na Universidade de São Paulo (USP). Em municípios da região metropolitana de São Paulo, por exemplo, ele descobriu que 22% dos pesquisados frequentam celebrações de outras religiões, além da que declarou: católica e evangélica, católica e espírita, evangélica e espírita, budista e católica e assim por diante, além dos evangélicos que frequentam os cultos de mais de uma denominação.
A dinâmica religiosa no Brasil não deve ser entendida simplesmente constatando o crescimento proporcional dos evangélicos, em detrimento do catolicismo, pondera o pesquisador. A disputa entre igrejas e a busca individual de satisfação espiritual lembrariam o funcionamento da concorrência no mercado e, por estranho que pareça, seria reflexo de um processo de laicização da sociedade brasileira. Os brasileiros, para ele, se sentiriam progressivamente menos obrigados a se manter fiéis a uma igreja em particular, a um líder religioso específico ou a uma doutrina com que não concordem. Santos enxerga nesse processo uma tendência que pode parecer paradoxal: enquanto líderes religiosos se tornam cada vez mais públicos e visíveis, seu controle sobre os rebanhos é cada vez menos forte.
Só na década passada, o número de evangélicos no Brasil cresceu nada menos do que 15 milhões, um contingente comparável à população do Estado do Rio, fazendo com que a proporção de adeptos tenha passado de 15,4% para 22,2% da população brasileira. Paralelamente, a participação dos católicos caiu de 73,6% do total em 2000 para 64,6% da população em 2010, tendo ocorrido pela primeira vez uma redução do número absoluto de fiéis da igreja romana (menos 1,66 milhão). Analistas estimam que em 2040 haja tantos evangélicos quanto católicos na população brasileira e que o Censo de 2050 mostrará a preponderância evangélica. O Rio, ao lado de partes das regiões Norte e Centro-Oeste, é uma das áreas onde o processo está mais avançado, sobretudo nas áreas periféricas da região metropolitana. Segundo Diniz, o Estado costuma preceder o resto do país em outros indicadores: envelhecimento da população e urbanização, por exemplo.
O Rio não é o Estado com maior percentual de evangélicos, mas com o menor percentual de católicos: 45,8%. É, também, um dos Estados em que mais pessoas se declaram sem religião: 15,6%. Outros grupos mostram grande força no Rio, como os espíritas, com 4%. Assim como no país como um todo, as zonas de maior pluralidade religiosa no Rio de estão nas franjas da metrópole. Na capital e em Niterói, os católicos ainda constituem mais de 50% da população, isto é, são maioria absoluta. Na maior parte dos municípios da região metropolitana, o catolicismo ainda é a maior religião, mas não em termos absolutos. E há alguns municípios em que, a exemplo de Paty do Alferes, há mais evangélicos do que católicos.
"As igrejas evangélicas cresceram comendo pelas beiradas", afirma Diniz, dando o exemplo de uma pequena cidade brasileira, que bem poderia ser Paty do Alferes. Ao centro, a praça com sua igreja católica: "Todo lugar tradicional tem uma igreja católica bem no centro, no lugar mais alto, mais bonito". As áreas que sobraram para conquistar fiéis eram as periferias e os bairros afastados. A agilidade com que denominações evangélicas abrem pequenos templos e formam novos pastores lhes confere uma vantagem considerável, em comparação com a estrutura hierárquica da burocracia católica, dependente de comandos do Vaticano e da atribuição de padres.
A população evangélica cresce paralelamente ao número de pessoas que se declaram sem religião não apenas no Rio de Janeiro. No Norte, onde 28,5% da população é evangélica, Rondônia chega a ter 14,34% de população sem religião. Em Roraima, o número dos sem-religião dobrou. O que há de comum entre os Estados do Norte e a Baixada Fluminense é que são regiões com alto índice de migrantes. "Quando se mudam, as pessoas perdem o vínculo com a tradição", explica Diniz. As novas populações se deslocam com mais velocidade do que a implantação de igrejas tradicionais, principalmente a católica. As mulheres são as primeiras a adotar uma nova religião, em busca de estrutura: muitas vezes, os maridos se põem a beber ou deixam de trabalhar. "Muitos dos sem religião são maridos que não acompanharam a mulher na religião nova, nem mantiveram a religião antiga", afirma o demógrafo.
Muda o peso relativo das religiões na população e, com ele, os hábitos pessoais e sociais, sobretudo nas cidades onde a expansão das denominações evangélicas foi mais expressiva. "Vai haver mudanças com continuidade. Tem um caminho de moralização, mas não vão reinventar o Brasil", sugere Clara Mafra. Para ela, a "força identificatória" brasileira é um traço muito forte, que não será modificado de forma radical pelo fato de haver no país, como em Paty do Alferes, uma forte mudança no quadro das religiões. A antropóloga conta que em 2000 foi para Rondônia, na época o Estado proporcionalmente mais evangélico, pesquisar a influência das mudanças religiosas nos hábitos da sociedade local.
Já em 1991, o sociólogo Reginaldo Prandi escreveu que "a igreja de crente, a loja de umbanda e a academia de musculação são os três símbolos metropolitanos da civilização brasileira". Segundo Alberto Pereira dos Santos, as marcas da implantação evangélica em locais tradicionalmente católicos se expressam em pequenas oficinas e lojas onde se leem placas com dizeres como "Deus é fiel", "Jesus te ama" e "Ora que melhora". Aqueles que se converteram à fé evangélica reconhecem uns aos outros por esses sinais, da mesma forma como os católicos se identificam pelos terços, imagens e crucifixos. "Cria-se uma cultura paralela", diz Santos, "um fato da sociabilidade mais plural que se desenvolve no Brasil".
O pastor João Alto da Silva critica a desunião entre as igrejas evangélicas, prega a convivência amistosa com outros credos e fala de casos emblemáticos de recuperação de pessoas no município, como o do casal Elza Soares, de 55 anos, e Valmir Rodrigues Filho, de 48, personagens muito conhecidos na cidade, juntos há cerca de 7 anos, que deixaram, respectivamente, as drogas e o álcool após muitos anos e muitas internações.
Segundo o pastor, a igreja que ele dirige trabalha na recuperação de viciados em colaboração com o Programa de Dependência Química (Prodeq) da prefeitura, que, segundo seu coordenador, Francisco Carlos de Souza Santos, consegue um índice de recuperação "acima de 40% das internações". Para o chefe de gabinete da prefeitura, André Dantas Martins, é um fato que a presença evangélica tem influência na quase inexistência de crimes violentos na cidade.
Ao mesmo tempo, no microcosmo de Paty do Alferes, onde os evangélicos já são maioria, há para alguns a sensação de que a sociedade está se tornando mais restritiva em relação a alguns hábitos, como o da bebida alcoólica e o do uso de drogas ilícitas, mas os dados concretos não confirmam tal sentimento. De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) do Estado do Rio de Janeiro, o crime mais comum na área da 96ª Delegacia de Polícia (DP), que abrange os municípios de Miguel Pereira e Paty do Alferes, é o de "lesão corporal dolosa", delito geralmente associado a violência doméstica e relacionado ao consumo de álcool e de drogas. Foram 18 ocorrências em maio do ano passado e 17 em maio deste ano, segundo as estatísticas mais recentes do ISP.
Embora os dados sejam compilados apenas por delegacia e não por município, a 96ª DP informou que a maioria dos delitos ocorre em Paty. O segundo crime mais comum na pacata área dos dois municípios, que totalizam 51 mil habitantes (Censo 2010), é o furto, segundo a delegacia, normalmente praticado contra casas de veraneio fechadas. Foram 16 em maio de 2011 e 15 em maio deste ano.
Uma análise apenas das lesões corporais dolosas, em comparação com outros municípios da região que têm delegacias exclusivas, permite concluir que a área da 96ª DP pode ser considerada ligeiramente mais pacata. Em Vassouras (34.410 habitantes) houve 25 desses crimes em maio de 2011 e 15 em maio de 2012. Em Piraí (26.314 habitantes) houve 12 lesões em maio do ano passado e 15 no mesmo mês deste ano. Como ressalva, tanto Vassouras como Piraí são cortadas por grandes rodovias nacionais, fazendo delas áreas potencialmente mais violentas do que a de Paty do Alferes, servida apenas por uma pequena rodovia estadual.
O comandante da Guarda Municipal de Paty do Alferes, Jorge de Souza Cesário, se diz "evangélico problemático", daqueles que frequentam pouco a igreja. Para ele, a existência de uma maioria evangélica na cidade ainda não se traduziu em redução das ocorrências relacionadas com o alcoolismo porque, da mesma forma que na religião católica, há muitos evangélicos que Cesário define como "de banco", eufemismo para definir o religioso pouco comprometido.
Segundo Santos, o fenômeno dos "católicos não praticantes", ou seja, que não obedecem estritamente à orientação dos líderes religiosos, está se reproduzindo entre evangélicos, com alguns fieis menos disciplinados. O fenômeno demonstra uma "normalização" dessas religiões na população, ou seja, não se trata mais simplesmente de religiões novas, de fiéis recém-convertidos. De fato, mesmo entre evangélicos, cerca de 40% não frequentam os cultos semanalmente, segundo a pesquisa de campo conduzida pelo geógrafo da Uerj. "Há aquele que é um novo homem [o mais comprometido com a religião] e tem aquele que está em trânsito. Este dá suas escapadas, bebe e se envolve em confusão", analisa o comandante Cesário, lembrando que no show gospel da Festa do Tomate deste ano "teve pancadaria", embora tenha sido constatado que os responsáveis pela briga não eram evangélicos. Para o guarda municipal Bruno Lisboa, desde 2003, quando ele ingressou na Guarda, é possível notar que as festas têm sido mais pacíficas.
"Os que estão crescendo mais [no Brasil] são os pentecostais [ramo do cristianismo que tem por base a fé no Espírito Santo], grande parte ligados à Assembleia de Deus. Há muita segmentação dentro da Assembleia de Deus, o que torna muito variado o crescimento dos evangélicos", analisa a antropóloga Clara, em mais uma forma de explicar por que não necessariamente crescimento evangélico e mudanças de hábitos andam na mesma velocidade. A Assembleia de Deus é, de longe, a principal igreja pentecostal do Brasil, com 12,3 milhões de adeptos. É, também, a mais antiga. Chegou ao país em 1910, em Belém, trazida por dois missionários suecos, Gunnar Vingren e Daniel Berg. Em comparação com igrejas protestantes tradicionais, como a Batista, e neopentecostais, como a Igreja Universal do Reino de Deus, é considerada mais rigorosa em termos comportamentais. Mas também é sujeita a divisões internas e ao sincretismo.
Santos se refere a essa fluidez dos fiéis como "anarquia religiosa", exemplificada pela declaração de um homem que não frequenta o culto de nenhuma das igrejas de sua cidade, mas não se declara sem religião porque "sou cristão, o cristianismo é uma religião. Não acredito na instituição igreja e nem nos homens que controlam essas instituições".
Para o frei Pedro Rodrigues, da Fraternidade Franciscana de Nossa Senhora da Conceição e principal liderança católica no município de Paty de Alferes, o crescimento das denominações evangélicas na cidade está relacionado com a promessa de "prosperidade" que, segundo ele, está associada ao discurso evangélico e que provoca a evasão de católicos, não só em Paty do Alferes. Existem na cidade duas igrejas e 22 capelas, atendidas por quatro padres. Para o franciscano frade Pedro, a Igreja Católica tem que seguir em seu trabalho qualitativo de assistir material e espiritualmente as pessoas, independentemente da religião. Segundo ele, "cerca de 60%" do trabalho de assistência alimentar da paróquia atende a famílias evangélicas. Frei Pedro afirma não acreditar que o Brasil será um país majoritariamente evangélico. "A Igreja [Católica] já passou por muitas crises".
Independentemente de uma mudança de tendência não visível nas estatísticas, a antropóloga Clara Mafra observa que há, sim, uma tendência ao aumento dos "traços mais recatados" na cultura brasileira, mas como um processo contínuo de mudanças, sem rupturas. "Há muitas negociações. Achava-se [nas áreas majoritariamente evangélicas] que não haveria mais festas. Mas hoje em dia tem muita festa gospel. Achava-se que não haveria mais samba. Mas hoje tem muito samba gospel. Tem tradições evangélicas onde a bebida é liberada. E o clero católico sempre condenou o consumo exagerado de álcool nas festas, especialmente nas festas coordenadas pelos carismáticos", pontua a pesquisadora, sustentando sua tese de um pouso suave, para ficar em uma imagem familiar ao ambiente econômico.
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