02 Julho 2012
"Eu sou católico, mas estou decepcionado com a Igreja Católica. No Paraguai, ela foi a primeira a reconhecer o governo de Franco. E, na semana passada, na Bolívia, abençoou o motim policial". Em uma entrevista à Rádio Nacional, o presidente boliviano, Evo Morales, lançou duros ataques contra a Igreja Católica a partir das ações de seus representantes após o golpe no Paraguai e durante a sublevação policial na Bolívia.
A reportagem é do sítio Religión Digital, 30-06-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Além disso, o presidente exemplificou: "Quando o povo está encurralado pelo Estado colonial, a Igreja Católica não aparece. Mas quando o povo encurrala o Estado colonial, o padre aparece, rezando pelos dirigentes. Eu vivi isso como dirigente sindical".
Em diálogo com o jornalista Rodrigo Sepúlveda, Morales se mostrou solidário com Fernando Lugo e feliz com a reação internacional. "Lugo, para mim, continua sendo o presidente do Paraguai. Tenho uma profunda estima pelo padre Lugo", acrescentou.
"Parece que grupos internos, e especialmente externos, tentam frear transformações democráticas na região", avaliou, antes de acusar Federico Franco de conspirar com a oposição boliviana para desestabilizar o seu governo.
Por último, Morales reafirmou que não há consenso entre os países da Unasul para aplicar sanções políticas ao Paraguai, sem castigos econômicos propriamente ditos. "Há consenso para uma ação política, mas não tanto para uma ação econômica", disse.
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''Sou católico, mas estou decepcionado com a Igreja'', afirma Evo Morales - Instituto Humanitas Unisinos - IHU