26 Junho 2012
Presidente da Comissão de Solidariedade e Defesa dos Direitos Humanos exige o fim da "ditadura do Partido Revolucionário Institucional (PRI)".
A reportagem é de Javier Ávila, publicada no jornal El País, 22-06-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Em janeiro deste ano, de repente, todos se lembraram dos mais esquecidos. Os índios da etnia rarámuri, habitantes da remota serra Tarahumara, em Chihuahua, ocuparam as primeiras páginas dos meios de comunicação mexicanos. Inevitavelmente, por causa de uma má notícia: a seca havia provocado uma fome terrível. Junto com eles, na vanguarda da catástrofe, está o sacerdote jesuíta Javier Ávila, presidente da Comissão de Solidariedade e Defesa dos Direitos Humanos (COSYDDHAC). A emergência mais aguda diminuiu, mas a luta continua. Da localidade de Creel, onde eles rezam para que as chuvas "peguem" e a colheita se salve, Ávila responde ao questionário do El País.
Eis a entrevista.
Defina com uma frase cada um dos três principais candidatos.
Enrique Peña Nieto (PRI) é o novo rosto da mesma corrupção, oportunista e sem cérebro. Josefina Vázquez Mota (PAN) é uma mulher manejada e atingida pelo seu próprio partido. Andrés Manuel López Obrador (PRD) tem os melhores e os piores "amigos", é obstinado e tenaz.
O que o senhor acha que foi o melhor e o pior da campanha?
Não encontro nada de melhor. O pior é que foi uma campanha cínica, distante, frustrante, negativa e falsa.
Qual é a primeira medida que o senhor pediria que o novo presidente adotasse?
A Peña Nieto que se independize do seu partido ou renuncie. E a Vázquez Mota e a López Obrador que acabem com o PRI.
Quem o senhor acha que vai ganhar?
Enrique Peña Nieto.
Você também é 132 [referência ao movimento Yo Soy 132]?
Sim.
Com que candidato o senhor sairia para jantar?
Com López Obrador.
O senhor perde o sono devido à possibilidade de fraude nas urnas?
Não, porque a fraude já foi feita.
Complete a frase: "Nos últimos 12 anos de governo, eu gostaria que...".
Que acabassem com a ditadura do PRI e manifestassem ao povo e ao país um novo caminho para fazer política e servir às pessoas.
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México: ''A campanha é cínica, distante, frustrante, negativa e falsa'', diz jesuíta - Instituto Humanitas Unisinos - IHU