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Quando as Brigadas Vermelhas foram derrotadas pelo perdão

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08 Mai 2012

Da residência jesuíta da Via degli Astalli, em Roma, o padre Paolo Bachelet, nascido em 1922, lembra que se fosse ontem a morte trágica, ocorrida naquele distante 12 de fevereiro de 1980, do seu irmão Vittorio (foto), então vice-presidente do CSM [Conselho Superior de Magistratura italiano], e certamente não se esquece do exemplo fúlgido do outro irmão, ele também filho de Santo Inácio, Adolfo, que faleceu em 1995, que passou boa parte do seu ministério nas prisões italianas para promover um caminho de reconciliação, testemunhado também pelo belo livro, publicado há tantos anos, pela Ed. Rusconi, Tornate ad essere uomini liberi! [Voltem a ser homens livres].

A reportagem é de Filippo Rizzi, publicada no jornal Avvenire, 06-05-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

"Encontro muita sintonia com a escolha do presidente da república [italiana] Giorgio Napolitano – lembra o idoso jesuíta e último "sobrevivente" dos nove irmãos Bachelet – de lembrar no dia 9 de maio de cada ano as vítimas do terrorismo. Um ato de restituição da memória sobretudo para os jovens que não tem consciência daquele período e que, por exemplo, não puderam conhecer a história e a figura humana do meu irmão Vittorio, assim como de tantas outras pessoas, em muitos casos menos conhecidas, vítimas inconscientes e inocente desses atentados".

Eis a entrevista.

Padre Bachelet, vocês, familiares, estavam conscientes dos riscos que o seu irmão Vittorio (foto) estava correndo?


Todos na família tinham consciência do perigo que correu Vittorio. No passado, ele também costumava pedir a nós, familiares, orações por ele. Nos últimos tempos, esse pedido de oração havia se intensificado. Só depois da sua morte, soubemos que ele havia sido informado de que estava na mira das Brigadas Vermelhas, e entendemos o porquê da sua insistência. Ele não nos havia avisado, para não nos preocupar. Lembro que haviam lhe oferecido a escolta, mas ele a recusara para evitar que outras pessoas inocentes continuassem sendo vítimas daqueles ataques, como aconteceu apenas dois anos antes com Aldo Moro.

Como o senhor ficou sabendo da morte do seu irmão Vittorio e como reagiu a essa notícia?

A notícia da sua morte não me surpreendeu. Eu previa claramente a sua probabilidade. Eu estava em Anagni e cheguei a Roma quando o corpo já havia sido levado ao necrotério. Dirigi-me à sua casa. Era uma sucessão de pessoas dos mais altos cargos do Estado aos amigos mais simples. O que mais me impressionou, naquele momento, foi que pessoas de convicção políticas muito diferente se lembravam das suas virtudes como a sua grande estatura humana e profissional da mesma forma e com a mesma participação.

O funeral do seu irmão teve um forte impacto na consciência do país. Como o senhor se lembra daquele 14 de fevereiro de 1980?

Naquela missa presidida pelo cardeal vigário Ugo Poletti, se respirava um clima de serenidade e de perdão, de Ressurreição mais do que de morte. As palavras do meu sobrinho Giovanni comoveram a todos, quando ele rezou "também por aqueles que atingiram o meu papai". O presidente Pertini, que estava presente, quis se encontrar com Giovanni em seguida e lhe disse dentre outras coisas: "Eu não sou um crente, mas também não sou indiferente".

Mas, com relação ao perdão, quem desempenhou um papel-chave nesse processo foi o seu irmão mais velho, o sacerdote jesuíta Adolfo Bachelet...

Três anos e meio depois, em 1983, ele recebeu uma carta assinada por 18 ex-terroristas, até mesmo das fileiras das Brigadas Vermelhas, que o convidavam para ir visitá-los na prisão. A partir daí, começou a missão do meu irmão nos cárceres italiano, de Cagliari a Aosta, onde ele se relacionava com os detidos, enfrentava com eles um caminho de repensar as suas ações. Ele se tornou amigo de muitos e os acompanhou inclusive depois da saída da prisão.

Um caminho de reflexão e de repensamento sobre aqueles crimes que deram frutos inesperados...

O meu irmão Adolfo passou boa parte da sua velhice nesse caminho de repensamento e de reflexão com muitos desses ex-terroristas pertencentes tanto às fileiras da direita quanto da esquerda. Ele manteve contatos diretos com alguns dos autores do atentado ao nosso irmão Vittorio. O que surpreendeu é que houve, muitas vezes, um verdadeiro caminho de arrependimento e de autocrítica, e, em muitos casos, de reparação daquilo que era humanamente possível e, para alguns, até mesmo de chegada à fé religiosa.

Para muitos observadores, a morte de Vittorio Bachelet significou o início do declínio das Brigadas Vermelhas. Foi realmente assim?

Em certo sentido, acho que sim. Alguns ex-terroristas teriam dito: "Nós fomos derrotados quando fomos perdoados". Justamente a partir de 1980 (ano da morte de Vittorio), começou a se despedaçar a espiral da violência das Brigadas Vermelhas e a crescer em muitos deles a consciência do completo fracasso do seu projeto subversivo. Muitos começaram a falar, e foram descobertos muitos dos seus esconderijos.

A tantos anos do assassinato do seu irmão, que herança pode ser entregue às gerações mais jovens?

Acredito que, acima de tudo, é importante manter viva a memória desses fatos e, assim, ao mesmo tempo, manter viva nos jovens a dramática lição que nos vem desses anos terríveis. Mas ao mesmo tempo considero que é necessário fazer com que as gerações mais jovens conheçam os grandes exemplos de coragem e de retidão de muitas vítimas do terrorismo. Do meu irmão Vittorio, muitas vezes me lembro da sua mansidão de caráter. Na lembrança do funeral de Vittorio, ao lado da foto do seu rosto sorridente, foram colocadas duas passagens bíblicas. A primeira é o convite que Deus fez para encorajar o seu povo a não ter medo e a se confiar a ele (Juízes 7, 9). A outra fala de algumas das bem-aventuranças do Evangelho de Mateus. E não é por acaso que virtudes como mansidão, justiça, misericórdia e coragem foram alguns dos aspectos que caracterizaram a vida de Vittorio. Acredito que toda essa bagagem de memória e de exemplos de pessoas corajosas, mansas e retas possa ajudar os jovens a ler a história passada de modo positivo e, ao mesmo tempo, manter alta a consciência civil do nosso país.


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