Presos e feridos no sul do Chile

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Por: André | 23 Março 2012

Os dirigentes da região chilena de Aysén, a 1.600 quilômetros ao sul de Santiago, qualificaram a noite desta terça-feira como a mais violenta desde que começaram, há um mês, os protestos contra os desmandos econômicos. A polícia deteve cerca de 20 pessoas, enquanto que sua ação repressiva deixou outros 19 feridos. O movimento social por Aysén reclama um maior desenvolvimento na região e pede a diminuição do custo da vida em uma das regiões mais isoladas do país. Os habitantes das diferentes localidades tentaram impedir a chegada do novo reforço das forças especiais de Carabineros, que foi adjetivado de “manada de pitbulls” pelo líder das manifestações, Iván Fuentes.

A reportagem está publicada no jornal argentino Página/12, 22-03-2012. A tradução é do Cepat.

As forças especiais cercaram a sede do Agrupamento Nacional de Empregados Fiscais, para onde fugiram os manifestantes para se protegerem da repressão policial, mas a Carabineros lançou muito gás lacrimogêneo contra a sede da entidade. “Vejo como indigno e repudio com toda a minha alma e todo o meu coração o que aconteceu nesta semana, o que esta gente fez com as nossas pessoas”, disse o dirigente Misael Ruiz.

Através do ministro secretário geral do Governo, Andrés Chadwick, a administração de Sebastián Piñera havia anunciado a aplicação da Lei de Segurança, uma norma promulgada durante a última ditadura chilena, para reprimir as manifestações após o fim do diálogo que as partes vinham mantendo. Os dirigentes do Movimento Social por Aysén advertiram, nesta quarta-feira, que o conflito poderia radicalizar-se caso prossiga a ação do Governo e os enfrentamentos ocorridos durante a noite da quarta-feira, após a chegada à região de forças policiais e formações dissuasivas. Ruiz afirmou que isto afasta a possibilidade de desbloqueio dos caminhos que se encontram obstruídos. Os dirigentes pediram a volta imediata do presidente Piñera, que está no Vietnã, em viagem até o final do mês. “O governante deve ter mais prudência”, disse Fuentes. “Atacam-nos porque estamos defendendo a dignidade das nossas pessoas”, afirmou. O governo anunciou um pacote de 71 medidas, que os dirigentes questionaram por tomarem conhecimento através da imprensa.