01 Março 2012
A opção do Palácio do Planalto, no caso das desavenças entre o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, e o presidente da Previ, Ricardo Flores, é de não tomar qualquer decisão por agora. A presidente Dilma Rousseff quer aguardar para ver se ambos entenderam bem o recado que lhes foi transmitido, de que não vai tolerar intrigas e disputas públicas de dois altos executivos. "Vamos esperar uns dias para ver antes de fazer qualquer mudança. Por enquanto, a turma do deixa disso está mais forte", disse uma fonte do Planalto.
A reportagem é de Claudia Safatle e publicada pelo jornal Valor, 01-03-2012.
O alvo da disputa de Bendine e Flores é a presidência do Conselho de Administração da Vale, mas há um acúmulo de desconfianças, mágoas e suspeitas mútuas. A quebra do sigilo bancário de um ex-vice-presidente do BB, Allan Toledo, e a identificação de depósitos de elevado valor em sua conta é a repetição do caso do caseiro Francenildo Pereira, que também teve seu sigilo exposto na imprensa quando mexeu com o então ministro da Fazenda, Antonio Palocci.
A avalanche de parlamentares do PT em defesa da demissão de Bendine do BB seria uma das razões do Palácio do Planalto para deixar o tempo amainar os ânimos. Há, na Presidência, quem defenda a saída de Flores do comando da Previ, mas há, também, quem torça para a queda de Bendine que tem apoio do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Já a bancada do PT na Câmara, por ter dificuldades de acesso ao presidente do Banco do Brasil e, portanto, ao atendimento de suas demandas, vê na crise entre os dois executivos o momento para resolver seus problemas mais imediatos.
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Decisão sobre briga entre Previ e BB é adiada - Instituto Humanitas Unisinos - IHU