Por: André | 27 Janeiro 2012
Diante da expansão das mineradoras canadenses no México e da destruição do meio ambiente que estão causando nas comunidades rurais, cerca de 20 organizações sociais exigiram o cancelamento de suas atividades. Informaram que o atual governo outorgou concessões para a exploração em 600.000 hectares.
A reportagem é de Matilde Pérez U. e está publicada no jornal La Jornada, 26-01-2012. A tradução é do Cepat.
Em frente à embaixada do Canadá no México, integrantes da Coordenação de Povos Unidos do Vale de Ocotlán, Coletivo Oaxaquenho em Defesa dos Territórios, Assembleia de Iniciativas e Defesa Ambiental de Vera Cruz, Rede Mexicana de Ação Frente ao Livre Comércio e Rede Mexicanos de Atingidos pela Mineração, entre outras expuseram que 26% do território nacional já está nas mãos de mineradoras, e dos 757 projetos, 73% são canadenses.
No caso de Oaxaca – assinalaram –, a empresa Cuzcatlán, filial da canadense Fortuna Silver, produziu violência no município de San José del Progreso, Ocotlán. É um saque o que está fazendo, pois o custo da extração por onça de prata é de 7,4 dólares, e a vende por 32,20 dólares. O projeto é extrair cinco milhões de onças do metal. Seus lucros serão de 124 milhões de dólares, dos quais nas ficará na comunidade, explicou Bernardo Vázquez, da Coordenação de Povos Unidos do Vale de Ocotlán.
Em três anos – contou –, a empresa gerou divisões e confrontos entre os moradores; nos primeiros dias deste ano foi assassinado Bernardo Méndez Vázquez. Estes são os benefícios que estas empresas estão deixando, advertiu.
Durante os protestos se falou dos casos do cerro de San Pedro e do chamado Cerro Pelón, em Real de Catorce, San Luis Potosí; da mina Caballo Blanco, em Veracruz, e de diversos casos em Michoacán, Chihuahua, Baja California, Durango, Zacatecas, Jalisco, Guerrero e Chiapas.
A exploração de minério está nos tirando a água e coloca em risco a vida comunitária. Estão saqueando o país.
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Entidades da sociedade civil mexicana exigem o fim do saque do país perpetrado pelas mineradoras - Instituto Humanitas Unisinos - IHU