12 Janeiro 2012
O Haiti não é um país destroçado pelo terremoto de janeiro de 2010. Ele já era espoliado muito antes disso, mostra relatório da Missão Salesiana, que atribui à pobreza e devastação as causas da exploração que haitianos são submetidos há séculos.
A informação é da Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC), 11-01-2012.
A recuperação do país, apesar das promessas de ajuda humanitária, passados dois anos do terremoto, está longe de estar concluída. O relatório informa que 600 mil pessoas ainda vivem em acampamentos, sob lonas. Apenas um quarto dos entulhos provocados pelo terremoto foi removido.
Amanhã, (dia 12) serão lembradas as 300 mil pessoas mortas pelo terremoto e as mais de 2 milhões que ficaram feridas. Perto de 80% da capital, Puerto Principe, foram destruídos. Fato positivo disso tudo, 23 mil crianças passaram a frequentar escolas depois do sismo.
O relatório lembra que o Haiti sofreu, ao longo da história, várias intervenções militares pelos Estados Unidos e pela França. Ao país europeu, os haitianos tiveram que pagar uma dívida milionária, de 150 milhões de francos ouro, equivalente a 21,7 bilhões de dólares, a título de indenização depois da independência política do país caribenho, em 1804.
“Em 1915, os marines estadounidenses desembarcaram no Haiti, onde permaneceram por 19 anos, convertendo o Banco Central em sucursal do City Bank, de Nova Iorque.
Igrejas preparam missas e cultos para o dia de amanhã em todas as partes do país, quando cristãos vão interceder pelo povo, para que tenha um futuro mais promissor.
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Dois anos após terremoto, pobreza devasta o país - Instituto Humanitas Unisinos - IHU