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21 Dezembro 2011

Maio de 2010. Na Assembleia Geral da Conferência dos Bispos da Itália (CEI), o cardeal Bagnasco se enerva na coletiva de imprensa por causa de uma pergunta sobre a entrevista do diretor do L'Osservatore Romano em que é elogiado o exemplo dos bispos da Inglaterra e do País de Gales que instituíram em todas as dioceses e muitas paróquias uma força-tarefa – em que participam muitas mulheres – para supervisionar e prevenir os abusos sexuais do clero. Os bispos italianos não instituíram nenhum órgão de controle.

A reportagem é de Marco Politi, publicada no jornal Il Fatto Quotidiano, 18-12-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Maio de 2010. O secretário da CEI, Dom Crociata, comunica aos jornalistas que os casos de pedofilia do clero na Itália são 100. O presidente da CEI declara não ser "capaz" de dizer o que aconteceu com os padres criminosos. Destituídos? Transferidos? Reduzidos ao estado laical? Silêncio absoluto.

O ano de 2010 é marcado pela explosão dos enormes escândalos de abusos na Irlanda e na Alemanha, uma dramática sequência aos escândalos ocorridos nos Estados Unidos, no Canadá, no Brasil, na Austrália.

Na Itália, o episcopado não leva em consideração nem mesmo a proposta do Pe. Fortunato Di Noto, padre siciliano comprometido há anos especialmente com o combate à pedofilia online, de instituir em todas as dioceses um "vigário para as crianças". Uma única diocese na Itália – Bressanone – institui um número de telefone gratuito e abre um inquérito para trazer à tona os abusos do clero. Um ano depois, os resultados são comunicados à opinião pública: nos últimos 20 anos, registraram-se 13 vítimas masculinas e 12 femininas. A Conferência Episcopal Italiana ignora o exemplo da diocese do Alto Adige. É evidente que, se todas as 200 dioceses italianas abrissem um inquérito, pelo menos alguns milhares de casos encobertos seriam descobertos. Por isso, a hierarquia eclesiástica não se move.

Na Bélgica, os bispos instituíram uma comissão que, em 2010, colocou seus resultados online. A maioria das vítimas tinha em torno de 12 anos. "Uma vítima tinha dois anos; cinco tinham quatro; oito tinham cinco; e dez, sete" (Relatório Adriaenssens). Pelo menos 13 vítimas cometeram suicídio. Na Áustria, o cardeal Schönborn confiou a uma ex-governadora regional democrata-cristã o encargo de realizar uma investigação independente. Na Itália, nenhum cardeal tomou tal decisão para a sua diocese. Na Alemanha, os bispos estabeleceram no verão de 2011 que um grupo de trabalho de ex-juízes e ex-procuradores aposentados passariam pela peneira os arquivos pessoais do clero de todas as dioceses alemãs. Nada do gênero na Itália.

Ainda em outubro de 2011, o secretário da CEI reiterou que a responsabilidade sobre a vigilância dos abusos cabe unicamente ao bispo. A CEI está elaborando severas linhas-diretrizes para combater o fenômeno. A experiência já demonstrou incontroversamente uma coisa. Se se quer fazer luz, é preciso nomear um encarregado diocesano e um bispo em nível nacional para seguir a sério os arquivos. Se se quer fazer luz, é preciso nomear uma investigação nacional independente.

Não basta que Bento XVI, mais de uma vez, tenha condenado o fenômeno e tenha se encontrado em várias partes do mundo com algumas vítimas. Não é mais suficiente nem mesmo a existência de normas mais severas da Congregação para a Doutrina da Fé ou o compromisso de que, em maio de 2012, as conferências episcopais prepararão linhas-diretrizes nacionais.

São necessários atos concretos de governo da suprema hierarquia católica para lançar luz sobre dezenas e dezenas de milhares de crimes ocorridos em todo o mundo. O caso horripilante da Holanda é significativo. Em um só ano de trabalho, a comissão independente, patrocinada pelo episcopado holandês e liderada pelo ex-ministro holandês democrata-cristã Deetman, calculou que, de 1945 até hoje, nos seminários, nas escolas, nos orfanatos católicos, o número de vítimas está entre 10 mil e 20 mil. Basta um ano de trabalho, basta uma comissão independente para descobrir a verdade. Na Itália, na Europa, em todo o mundo.

A CEI se recusa a ir por esse caminho. Bento XVI, que segue pessoalmente a atividade do episcopado italiano, não quis até agora dar nenhum ordem para que se esclareçam os casos na Itália. Do Vaticano não chegou a a indicação para iniciar uma investigação internacional, nem se decidiu abrir finalmente os arquivos para revelar décadas de acobertamento.

Quando a bomba explodir na Itália também – porque vai explodir – que ninguém diga que é um choque ou uma "dolorosa surpresa". Porque a cúpula eclesiástica não está movendo nem um dedo para buscar a verdade.


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