Cerimônias. Eram milhares os que se reuniram ante a tumba simbólica. Como em muitos outros países muçulmanos, o Irã celebrou, na última segunda-feira, a festa xiita de Achoura. Em Teerã, o presidente Mahmoud Ahmadinejad participou de uma das cerimônias de orações e de transes que marcam o mártir Imã Hussein, filho de Maomé, venerado pelos xiitas do mundo inteiro, morto em 680 em Kerbala, no Iraque. Nesta ocasião, os homens participam dos rituais se autoflagelando as costas.

Foto: Morteza Nikoubazl/Reuters

Enquanto isso...

No Afganistão, aconteceu um dos atentados mais mortífero desde a queda do regime dos talibãs, em 2011. Na terça-feira, aos menos 59 pessoas morreram em duas explosões. A mais importante, perpetrada por um kamikaze, matou crianças em Cabul numa procissão xiita em homenagem a Achoura, uma das festas mais sagradas deste ramo do Islã. Os xiitas são minoria no Afganistão. Os autores dos atentados suicidas, acontecidos nos últimos dez anos, são os talibãs, sunitas radicais que consideram os xiitas como heréticos e os impediam, quando estavam no poder de 1996 a 2001, de celebrar as suas festas. Mas desta vez eles "condenaram" os dois atentados como "contrários ao Islã".

Foto: Ahmad Masood/Reuters