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Vaticano deve emitir documento radical sobre economia

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23 Outubro 2011

Na segunda-feira, o Vaticano vai divulgar um documento sobre a reforma do sistema financeiro internacional que estará à esquerda de todos os políticos dos Estados Unidos. Ele estará mais perto dos pontos de vista do movimento "Ocuppy Wall Street" do que qualquer outro do Congresso dos EUA. Ele irá pedir a redistribuição da riqueza e a regulação da economia mundial por agências internacionais. Não só vai estar à esquerda de Barack Obama, mas também estará à esquerda de Nancy Pelosi.

A análise é do jesuíta Thomas Reese, publicada na revista dos jesuítas italianos, Popoli, 21-10-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

É fácil prever o que vai estar no documento: basta olhar para o que o Papa Bento XVI disse no passado. Em sua encíclica de 2009, Caritas in veritate (Caridade na verdade), Bento XVI pede um repensamento radical das economias de modo que sejam guiadas não simplesmente pelos lucros, mas também por "uma ética que seja centrada nas pessoas".

O lucro não é um fim em si mesmo, mas sim um meio para o bem comum. "O objetivo exclusivo do lucro", escreve, "quando mal produzido e sem ter como fim último o bem comum, arrisca-se a destruir riqueza e criar pobreza". Isso certamente provou ser verdade pela ganância e relutância econômicas que causaram a recente recessão.

O papa condena a "corrupção e ilegalidade" que são evidentes nas classes econômica e política em países ricos e pobres. Ele também diz que "os operadores das finanças devem redescobrir o fundamento ético próprio da sua atividade, para não abusarem de instrumentos sofisticados que possam atraiçoar os aforradores".

Bento XVI, assim como seu antecessor Paulo VI, espera que o desenvolvimento econômico produza um crescimento real e genuinamente sustentável do lucro para todos. Bento XVI reconhece, tristemente, que "Cresce a riqueza mundial em termos absolutos, mas aumentam as desigualdades". Ele não aceita a teoria "trickle-down" [riqueza dos pobres para os ricos], que diz que todos os barcos vão subir com a maré econômica. Bento XVI, assim como Paulo VI, condena o "escândalo de desproporções revoltantes" e vê um papel para o governo na redistribuição da riqueza.

"A dignidade da pessoa – escreve – e as exigências da justiça requerem, sobretudo hoje, que as opções econômicas não façam aumentar, de forma excessiva e moralmente inaceitável, as diferenças de riqueza [83] e que se continue a perseguir como prioritário o objetivo do acesso ao trabalho para todos, ou da sua manutenção".

A encíclica nota a globalização que vem ocorrendo, mas observa que a globalização "torna-nos vizinhos, mas não nos faz irmãos". O verdadeiro "desenvolvimento dos povos", escreve, "depende sobretudo do reconhecimento que são uma só família, a qual colabora em verdadeira comunhão e é formada por sujeitos que não se limitam a viver uns ao lado dos outros". A meta desse desenvolvimento, diz, é "fazer sair os povos da fome, da miséria, das doenças endêmicas e do analfabetismo".

Parecendo um sindicalista, Bento XVI afirma que "a diminuição do nível de tutela dos direitos dos trabalhadores ou a renúncia a mecanismos de redistribuição do rendimento, para fazer o país ganhar maior competitividade internacional, impede a afirmação de um desenvolvimento de longa duração".

Ao contrário, o objetivo deveria ser um trabalho decente para todos. O que ele quer dizer com "trabalho decente"? Isso significa "um trabalho que, em cada sociedade, seja a expressão da dignidade essencial de todo o homem e mulher: um trabalho escolhido livremente, que associe eficazmente os trabalhadores, homens e mulheres, ao desenvolvimento da sua comunidade; um trabalho que, deste modo, permita aos trabalhadores serem respeitados sem qualquer discriminação; um trabalho que consinta satisfazer as necessidades das famílias e dar a escolaridade aos filhos, sem que estes sejam constrangidos a trabalhar; um trabalho que permita aos trabalhadores organizarem-se livremente e fazerem ouvir a sua voz; um trabalho que deixe espaço suficiente para reencontrar as próprias raízes a nível pessoal familiar e espiritual; um trabalho que assegure aos trabalhadores aposentados uma condição decorosa".

O papa discorda daqueles que acreditam que a economia deve estar livre da regulamentação governamental. "A convicção da exigência de autonomia para a economia, que não deve aceitar "influências" de caráter moral, impeliu o homem a abusar dos instrumentos econômicos até mesmo de forma destrutiva", afirma. "Com o passar do tempo, estas convicções levaram a sistemas econômicos, sociais e políticos que espezinharam a liberdade da pessoa e dos corpos sociais e, por isso mesmo, não foram capazes de assegurar a justiça que prometiam".

Bento XVI apoia até um "ordenamento político, jurídico e econômico que incremente e guie a colaboração internacional para o desenvolvimento solidário de todos os povos". O objetivo dessa autoridade mundial seria "o governo da economia mundial, para sanar as economias atingidas pela crise de modo a prevenir o agravamento da mesma e em consequência maiores desequilíbrios, para realizar um oportuno e integral desarmamento, a segurança alimentar e a paz, para garantir a salvaguarda do ambiente e para regulamentar os fluxos migratórios...".

Embora Bento XVI reconheça o papel do mercado, ele enfatiza que "a doutrina social nunca deixou de pôr em evidência a importância que tem a justiça distributiva e a justiça social para a própria economia de mercado". Ele apoia a "redistribuição da riqueza", quando fala sobre o papel do governo. "É causa de graves desequilíbrios separar o agir econômico", escreve ele, "ao qual competiria apenas produzir riqueza, do agir político, cuja função seria buscar a justiça através da redistribuição".

Em suma, Bento XVI está à esquerda de quase todos os políticos dos EUA. Que político se referiria por acaso à "redistribuição da riqueza" ou falaria de órgãos de governo internacionais para regular a economia? Quem pediria o aumento da porcentagem do PIB dedicada à ajuda externa? Em questões econômicas, o papa está à esquerda de Obama. Ele está até mesmo à esquerda dos democratas liberais como Nancy Pelosi.

 


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