• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Ágora Bruxelas Internacional debate na rua problemas do planeta

Mais Lidos

  • Prevost, o Papa 'peruano': missionário e político

    LER MAIS
  • Leão XIV: o grande desafio, a desocidentalização e a despatriarcalização da Igreja. Artigo de Leonardo Boff

    LER MAIS
  • “Para a Igreja, a nova questão social é a inteligência artificial”, segundo Leão XIV

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 4º domingo de Páscoa – Ano C – A missão de cuidar da vida e cuidar da humanidade

close

FECHAR

Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

16 Outubro 2011

À humanidade, não faltam seres lúcidos, mas sim dirigentes capazes de se impor aos interesses aos quais obedecem e mudar o mundo. Uma amostra dessa lucidez planetária se concentrou essa semana em Bruxelas na marcha que os indignados empreenderam desde vários pontos da Europa para integrar a Ágora Bruxelas Internacional, um fórum multitemático que precedeu a grande marcha mundial “unidos por uma mudança global” convocada para este sábado. Ao longo de sete dias e apesar da brutalidade policial, a Ágora passou em revista os principais problemas do planeta mediante assembleias populares e oficinas realizadas nas ruas, em praças públicas ou na Hogeschool-Universiteit Brussel (HUB), onde as autoridades a colocaram.

A reportagem é de Eduardo Febro e publicada por Carta Maior, 15-10-2011.

Os indignados realizaram pelo menos 30 oficinas e com isso reatualizaram pacificamente uma ideia de Hakim Bey, o teórico das Zonas Autônomas Temporárias (TAF, na sigla em inglês). Esse conceito consiste em Ocupar temporalmente um lugar controlado pelos “aparatos estatais”. A ideia de Bey foi posta em prática com extrema violência pelos Black Blocs, esses grupos de choque que, durante as três manifestações contra o G-7, a OTAN, o FMI e o G-20, se converteram em uma vanguarda violenta que destruiu agências bancárias, automóveis de luxo e protagonizaram enfrentamentos direitos com as forças da ordem. Os indignados ocupam o espaço público, mas não para romper e sim para refletir, debater e escutar em um exercício de intercâmbio horizontal cujo melhor exemplo é o que está ocorrendo na capital belga.

Desde o sábado passado, não há um dia sem que ocorra uma discussão cidadã. No dia 8 de outubro pela manhã debateu-se o problema da “moradia dos desempregados e daqueles que recebem subsídios sociais”. Essa prática é comum na Europa de hoje onde os Estados recorrem a todas as argúcias possíveis para suprimir os benefícios sociais e retirar quem está sem trabalho das estatísticas de desemprego. À tarde, foi organizado uma oficina apaixonante em torno do tema: “Grécia, a vontade dos banqueiros se impõe à democracia”. Nem é preciso enunciá-lo: é o que temos visto ao vivo há vários meses.

No dia seguinte, a primeira oficina tratou das “lutas contra a privatização da água na Europa”. A segunda, organizada diante do banco BNP Paribas, abordou o tema da desigualdade de gênero visto desde um novo ângulo: “as mulheres da Europa são as verdadeiras credoras da dívida pública”. No dia 11, as atividades iniciaram com uma reflexão coletiva sobre “a economia e o sentido da vida” e continuou com uma oficina realizada na Bolsa de Bruxelas em torno da ideia de uma “mudança de paradigma econômica, reflexão sobre uma economia cidadã”. À tarde, debateu-se sobre o McDonald’s e o “lobby de empresas, agricultura e alimentação”. Depois veio o tema da dívida, em especial sobre sua origem.

Na quarta-feira ocorreu a Jornada Internacional contra o capitalismo. A jornada teve como tema exclusivo as questões econômicas com uma brilhante oficina organizada na praça Sainte-Catherine, cujo enunciado diz tudo: “Alternativa ao G20. Eles são 20, nós somos bilhões”. Houve outra oficina sobre “A Revolução Humana” e uma oficina que resultou em uma pérola rara acerca de um tema irônico: “indignismo ou andaismo”. A expressão “andaísmo” é um neologismo total cuja origem são dois cartazes que apareceram na Tunísia e no Egito durante as revoluções árabes: “Mubarak, Degagé”, dizia um em francês, o que quer dizer “Mubarak, ande, vá embora”. À tarde se seguiram discussões animadas e por demais realistas: “as medidas de austeridade europeias e a influencia dos lobbys financeiros” e “a dívida contra a democracia”. Esta última oficina trouxe más recordações aos latino-americanos descendentes de pais que tiveram que se exilar quando esse princípio decapitou a América do Sul e colocou no poder os melhores operadores da dívida, as ditaduras.

Os dias seguintes foram igualmente frutíferos, sobretudo com a oficina que girou em torno da pergunta: “mudar de sistema, rumo à objeção de crescimento”. Já é mais do que sabido que a variável do crescimento como único horizonte da humanidade destrói tudo o que toca, começando pelo meio ambiente. As oficinas posteriores tiveram todas o mesmo nível, desde a que defendeu uma “carta mundial dos migrantes, liberdade de circulação e instalação em todas as partes e para todos”, a que propôs “como a arte pode servir uma revolução sem pedir-lhe que esteja a serviço de uma ideologia, de um consenso ou de uma estética coletivista?”,até a que fechou a semana de discussões em torno do tema da “desobediência civil”.

Isso não é mais do que uma mostra do fluxo de reflexões, intercâmbios e iniciativas organizadas sem a existência de uma estrutura de comando, sem que alguém mandasse realmente. Tudo funcionou segundo uma espécie de caos coerente e feliz, horizontal e participativo, inclusive quando surgiram situações tensas com a polícia como no dia em que um grupo de indignados se concentrou em frente à porta do banco Dexia, a primeira instituição europeia a quebrar, vítima de seus excessos liberais e da crise da dívida, o que é a mesma coisa. A Europa parece ter medo de seus próprios filhos. Os revolucionários já não vêm do mítico Sul, mas nasceram e estão sem trabalho no coração do mundo ocidental.

  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados