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13 Outubro 2011

A terceirização reduz salários, aumenta a intensidade do trabalho e desorganiza os sindicatos. É nela que a indústria se sustenta. A visão é do sociólogo Ricardo Antunes, 58, que prevê aumento nas lutas sociais no mundo. Professor de sociologia do trabalho na Unicamp, ele está lançando o livro "O Continente do Labor". Nesta entrevista, ele fala das greves dos bancários e dos Correios.

A entrevista é de Eleonora de Lucena e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 13-10-2011.

Eis a entrevista.
 
Como analisar greves como a dos bancários e dos Correios?

Diziam que não iria haver mais greve bancária. Chegamos a ter 1 milhão de bancários. Hoje são 490 mil, mas há milhares nos call centers que realizam trabalho de bancários. Até a compensação é terceirizada. A terceirização é a porta da precarização e da informalidade. Os bancários mostram que é possível fazer greve.

Qual é a novidade nesse movimento?

Para extrair um aumento um pouco maior do que a inflação do setor mais rentável da economia é preciso fazer greve. Mesmo nesse mundo cheio de máquinas, com pelo menos um terço do trabalho bancário sendo realizado por terceirizados, é possível parar um banco e exigir negociações. Já os Correios querem se tornar uma transnacional da correspondência, mas tratam os seus trabalhadores como um nível de intensificação da força de trabalho.

Como é essa nova morfologia produtiva e como ela afeta o sindicalismo?

Reestruturação produtiva, desregulamentação do trabalho, informalização. Chegamos a ter quase 60% na informalidade. Os sindicatos não sabem representar a classe trabalhadora informalizada.

O sindicalismo hoje não é muito atrelado ao Estado e ficou anestesiado?

Sim. O sindicalismo autônomo dos anos 70 desapareceu. Na CUT houve processo gradativo estatização das cúpulas. A briga é para ver quem fica com o ministério, a previdência, a secretaria.

Historicamente como isso se situa?

O sindicalismo está vivendo um processo semelhante ao que houve na virada do século 19 para o 20, quando o sindicalismo de ofício foi alterado porque nasceu a indústria fordista e foi criado o sindicalismo de massa. Agora, a tendência da indústria é ser liofilizada, enxuta. Assim, as empresas esparramam a produção e nasceram pequenas fábricas chamadas de "outsourcing". Qual é o sindicato hoje capaz de enfrentar isso? Os sindicatos, como no século 19 para o 20, estão passando por um tsunami e desse tsunami vão nascer formas novas.

A Zara se enquadra nisso?

Terceirização é isso. A indústria de ponta hoje se sustenta no trabalho precário. A terceirização reduz salários e aumenta a intensidade do trabalho, o adoecimento, as horas de trabalho, a desorganização sindical, a rotatividade. A Zara utilizou de trabalho de bolivianos e peruanos, que trabalham 16 horas por dia na indústria de confecção. Isso tem que ser coibido.

O sr. diz que Lula foi o paladino do capital. O que acha de Dilma?

É uma incógnita. Num período de crescimento de 4%, a incógnita não aflora. Quando a coisa esquentar e as lutas sociais se ampliarem...

O sr. acha que isso vai acontecer?

Não tenho dúvida. Tem havido em todo o cenário global uma amplificação das lutas sociais

Apesar de militante, livro contribui para história do trabalho

Uma história latino-americana a partir da perspectiva do trabalho. Mostrar como as mudanças na política, na economia e na sociedade afetaram as maneiras de trabalhar e as organizações sindicais. Com essa ideia, o sociólogo Ricardo Antunes escreve "O Continente do Labor".

O comentário é de Eleonora de Lucena.

O autor concentra sua análise no século XX. Rememora revoluções no México, na Bolívia e em Cuba. Lembra dos golpes militares na região. Trata do getulismo, do peronismo e do lulismo. Faz interessante análise da ascensão do PT e do declínio do PCB. Em alguns períodos, faz referência à atuação dos sindicatos, de que forma se conectaram com governos, partidos e com suas bases de trabalhadores. Não é um trabalho exaustivo.

Tem características de coletânea de ensaios. Não abrange de forma regular os principais países da América Latina.

Seu foco principal é o Brasil e o período que ele classifica como "desertificação neoliberal", nos anos 90, quando foi desmontado o tripé produtivo que integrava estatais, empresas privadas nacionais e estrangeiras.

Com a privatização da mineração, da siderurgia, da telefonia, do setor elétrico e outros, "cerca de 25% do PIB brasileiro transferiu-se do setor produtivo estatal para o capital transnacional, redesenhando e internacionalizando ainda mais o capitalismo no Brasil", diz Antunes.

Desse ponto de vista, ele mostra a desregulamentação do mercado de trabalho e sua precarização, com o avanço da terceirização da mão de obra. Descreve processos de "downsizing" nas empresas, que "reduziram o número de trabalhadores e aumentaram as formas de superexploração da força de trabalho".

Crítico do PT, Antunes ataca a CUT, que enxerga como uma central "cada vez mais burocratizada, institucionalizada e negocial". Talvez por conta dessa análise, o livro quase não trata das possíveis alterações mais recentes do mercado de trabalho provocadas pela ascensão de contingentes para a classe média e pela descoberta do pré-sal. A própria política de reajuste do salário mínimo não ganha relevo.

O livro tem esse viés. É contra tucanos e petistas. Defende o socialismo. É militante. Mas não deixa de agregar pontos relevantes para a elaboração de uma história do trabalho.


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