Milhares de pessoas realizaram passeata no centro de Santiago, ontem, em memória das 3.225 vítimas da ditadura militar instalada no país com um golpe há 38 anos.
A informação é do jornal
Folha de S. Paulo, 12-09-2011.
Confrontos com a polícia foram registrados, em um dia de tensão nas ruas. Em 11 de setembro de 1973 o governo do então presidente
Salvador Allende foi derrubado. Bombardeios aéreos e terrestres foram empregados.
Eleito três anos antes como o primeiro presidente socialista da América Latina,
Allende morreu quando as forças golpistas do general
Augusto Pinochet atacaram o Palácio de La Moneda.
A sede do governo chileno era o ponto final das manifestações de ontem. Fortemente cercado por forças policiais, porém, o prédio ficou fora do alcance dos protestos.
Convocadas pela
Associação de Familiares de Detidos e Desaparecidos, milhares de pessoas saíram às ruas da capital. A multidão seguiu até um memorial às vítimas dos 17 anos da ditadura no Chile, erguido no cemitério geral.
Milhares de pessoas carregavam bandeiras chilenas e cartazes a favor da educação pública - a reforma do sistema educacional é a demanda que aglutina estudantes e outros setores sociais em massivos protestos, há meses.
Um grupo de encapuzados entrou em choque com a polícia. Alguns manifestantes lançaram pedras e queimaram pneus. Os policiais reagiram lançando gás lacrimogêneo e jatos d"água.
Barricadas incendiárias foram montadas na periferia de
Santiago e em Valparaíso, deixando um policial ferido e quatro manifestantes presos, segundo a polícia.
Todos os anos são registrados episódios de violência no aniversário do golpe no Chile. Prevendo mais incidentes durante a noite, o governo anunciou reforço policial.
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Chilenos vão às ruas para lembrar seu 11 de Setembro - Instituto Humanitas Unisinos - IHU