21 Agosto 2011
"Santo Padre, por que Deus, se é bom e onipotente, permite que doenças como a minha atinjam pessoas inocentes?". Uma criança em uma cadeira de rodas, sofrendo de câncer, conseguiu entregar um bilhetinho, escrito com a sua dramática pergunta, ao Papa Bento XVI, enquanto papa saía hoje do Mosteiro de El Escorial, na serra ao norte de Madri.
A reportagem é do sítio Vatican Insider, 19-08-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Uma pergunta simples, mas cheia de emoção. Emoção que o pequeno demonstrou ao mesmo tempo com tanta tenacidade que conseguiu convencer os seguranças e os organizadores a deixá-lo se aproximar do papa. Assim, Bento XVI, saindo do Mosteiro de El Escorial, encontrou-se diante dele. O Santo Padre se deteve por um momento. Olhou para o menino, triste e sério. Pegou o bilhete. O pequeno pediu-lhe que lhe respondesse. E Ratzinger acenou positivamente.
"E se você não lhe responder?", perguntou-lhe depois uma jornalista espanhola do canal Tele Madrid. "Se ele não responder, vou ter uma grande decepção, porque há muitos anos eu me faço essa pergunta". Provavelmente, uma resposta lhe será dada, prevê o jornal El Mundo. Seguramente, será gentil, mas dificilmente poderá satisfazer a criança, mesmo que a resposta seja escrita pelo papa teólogo.
Bento XVI, recordou o jornal, se confessou incapaz de dar uma resposta quando visitou, há cinco anos, o campo de extermínio de Auschwitz. "Em um lugar como este – disse ele – as palavras não tem serventia. No fim, só pode haver um terrível silêncio, um silêncio que é um pranto do coração dirigido a Deus. Por que, Senhor, ficastes mudo? Como pudestes tolerar isso? Onde estava Deus nesse momento?".
FECHAR
Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
A dramática questão ao Papa - Instituto Humanitas Unisinos - IHU