300 padres austríacos se rebelam

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17 Agosto 2011

Aproximadamente 300 padres católicos austríacos dos 2000 do país, se rebelaram contra o Vaticano para exigir reformas, como permitir o sacerdócio feminino e de homens casados. A iniciativa denominada “Uma chamada à desobediência” e difundida pela internet em junho tem contado com um respaldo crescente de religiosos e está criando tensões na relação com a hierarquia da Igreja católica austríaca.

A informação é da Agência Efe, 17-08-2011. A tradução é da IHU On-Line.

“Há uma insatisfação crescente entre os religiosos”, explicou o padre Helmuth Schüller (foto), ex-vigário geral de Viena, em entrevista ao jornal “Österreich”.

Além do sacerdócio feminino e a homens casados, ele pedem que seja dada a comunhão a todo cristão “de boa vontade”. Igualmente pedem que leigos preparados e professores de religião possam pregar.

Entre outras iniciativas, os padres iniciarão as celebrações litúrgicas com uma oração pedindo a reforma da Igreja.

Schüller já criticara a Igreja por sua gestão dos numerosos casos de abusos sexuais.

Ele explicou que os padres se viram forçados a tornar pública a sua posição ante a inação da hierarquia eclesiástica e calcula que dois terços dos 2000 padres do país partilham das posições defendida pelo movimento.

Para o bispo de Graz, Egon Kapellari, “a manifestação representa um perigo para a unidade da Igreja”.

O presidente da Conferência Episcopal da Áustria e arcebispo de Viena, Christoph Schönborn, se reuniu com os representantes dos padres rebeldes, mas lhes comunicou que “não apóia a iniciativa e que não a defenderá em Roma”, disse Schüller.

Em 2010, 64,8% da população austríaca – uns 5,3 milhões – se definiu como católico, quando em 1961 eram 87%.