19 Julho 2011
Em preparação ao encontro de Assis, em outubro, a Comunidade de Santo Egídio, na Baviera, entre os dias 11 e 13 de setembro, promoverá o tradicional encontro de diálogo ecumênico.
A reportagem é de Luca Rolandi, publicada no sítio Vatican Insider, 18-07-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
De Munique a Assis. O caminho de diálogo, que desde sempre caracteriza a Comunidade de Santo Egídio, partirá da Baviera para chegar à Úmbria. Os líderes das grandes religiões mundiais, chefes de Estado, mulheres e homens de cultura estarão, com um mês de antecedência, na Baviera, dos dias 11 a 13 de setembro, a convite da Comunidade de Santo Egídio e do cardeal Reinhard Marx, arcebispo de Munique, que declarou que "o espírito de Assis chegará a Munique".
Depois de Aachen em 2003 e a dez anos dos atentados do 11 de setembro, que inauguraram uma década de conflitos e de guerras, na luta contra o terrorismo, busca-se reforçar o laço e o diálogo entre as religiões, para construir um futuro de paz e de convivência, de respeito e de tolerância, de ajuda ao mundo e sem guerras que instrumentalizam as fés religiosas para fins políticos.
Em preparação o 25º aniversário do histórico encontro de Assis, para o qual Bento XVI convidou os líderes das grandes religiões mundiais para um grande dia de reflexão em um lugar símbolo da experiência de fraternidade e de comunhão em nome de São Francisco. Assim irá ocorrer a antecipação alemã no coração da Europa, encruzilhada da história e das raízes de um continente em perigo.
Personalidades religiosas e políticas de cerca de 60 países do mundo irão animar o encontro no espírito que, há 25 anos, anima a experiência de Santo Egídio, que iniciou justamente no dia seguinte ao histórico encontro de Assis em 1986.
Em todos esses anos, o movimento que nasceu em Trastevere no final dos anos 1960, sempre comprometido com o diálogo ecumênico e inter-religioso e com a ação diplomática, com a ajuda aos pobres e com a formação, promove a jornada de oração pela paz: encontros de diálogo e de colaboração entre líderes cristãos e das grandes religiões mundiais.
Em Munique, será numerosa e qualificada a representação da Igreja Católica. Anunciaram a sua presença alguns responsáveis dos dicastérios da Santa Sé, incluindo os cardeais Kurt Koch, Roger Etchegaray, Leonardo Sandri e o presidente da Conferência Episcopal, Robert Zollitsch. Também está prevista a participação de pastores de grandes cidades europeias: o cardeal Crescenzio Sepe, de Nápoles, o cardeal Philippe Barbarin, de Lyon, o cardeal Péter Erdo, de Budapeste, o cardeal Lluís Martínez Sistach, de Barcelona.
Junto com eles, os representantes do mundo evangélico e reformado internacional e alemão (o presidente da EKD, Nikolaus Schneider, e o Landesbischof Johannes Friedrich) e das Igrejas ortodoxas e orientais, alguns dos quais do mais alto nível: Sua Beatitude Daniel, patriarca da Igreja Ortodoxa da Romênia; o arcebispo Chrysostomos II, primaz da Igreja do Chipre; o patriarca Paulos, da Igreja Ortodoxa da Etiópia; e o patriarca Aram I, dos armênios da Cilícia. A Igreja Ortodoxa Russa estará altamente representada por uma delegação chefiada por Sua Eminência o Metropolita de Minsk, Filaret, exarca da Bielorrússia.
O mundo político também está atento à iniciativa. O encontro foi acolhido calorosamente pelas autoridades alemãs, tanto da Baviera quanto do governo federal. O presidente Christian Wulff fará o discurso de abertura no dia 11 de setembro – a dez anos da tragédia das Torres Gêmeas. A chanceler Angela Merkel falará na Assembleia Plenária do dia 12 de setembro. Outros ministros e parlamentares alemães estarão presentes em
diversos momentos do encontro.
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Religiões pela paz, de Munique a Assis - Instituto Humanitas Unisinos - IHU