A responsável pela maior ação de auxílio a haitianos que chegam na Amazônia é uma gaúcha de Passo Fundo, a Irmã
Rosa Maria Zanchin, 53 anos. Há mais de três décadas fora do Estado, a missionária scalabriniana já morou em sete Estados, vinculada na maior parte do tempo à
Pastoral do Migrante, presente em 24 países. Está agora em
Manaus.
A entrevista é de
Humberto Trezzi e publicada pelo jornal
Zero Hora, 12-06-2011.
Eis a entrevista.
Como está a situação dos haitianos?
Eles chegam sem nada, nada... Passando fome. A Igreja Católica alugou 21 casas para eles em
Manaus. Aqui, hoje, ajudamos 940 haitianos. Em
Tabatinga, auxiliamos outros 340. Há mais uns 300 no
Acre, uns 180 em
Jirau (Rondônia)... Perdemos a conta. Em
Manaus, são só duas crianças. O resto é homem.
Vocês são favoráveis à vinda deles ao Brasil?
Acho que isso deveria ser barrado, mas há interesse em que venham. Eles trabalham na construção civil por baixo preço. Há atravessadores que pedem até R$ 4 mil para trazê-los. Depois que chegam, ajudamos, para que não se crie um problema social maior. Damos arroz, feijão, milho e caldo de galinha. Galinha, mesmo, só uma vez por semana. Quando eles arranjam emprego, começam a custear o próprio aluguel.
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"A vinda deles deveria ser barrada", diz irmã - Instituto Humanitas Unisinos - IHU