27 Mai 2011
Os membros da Caritas Internationalis elegeram uma autoridade da associação de caridade francesa Secours Catholique como seu novo secretário-geral e reelegeram o hondurenho Óscar Rodríguez Maradiaga, cardeal de Tegucigalpa, como presidente da confederação de 165 organizações de caridade católicas.
A reportagem é de Cindy Wooden, publicada no sítio Catholic News Service, 26-05-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Michel Roy (foto), diretor de advocacia internacional da organização de caridade católica francesa, foi eleito pelos representantes regionais que compõem o comitê executivo da Cáritas. Sua eleição foi confirmada no dia 26 de maio pelos delegados da assembleia geral da Caritas Internationalis.
Aos 56 anos e pai de dois filhos, Roy estudou economia e línguas orientais na Universidade Sorbonne, quando começou um trabalho voluntário com refugiados do Sudeste Asiático para a Secours Catholique, em 1976. Ele ingressou nos quadros da arquidiocese de Paris em 1981 e atuou como diretor nacional de 1993 a 1999.
Roy foi eleito para um mandato de quatro anos depois que a Secretaria de Estado do Vaticano removeu sua aprovação para que a atual secretária-geral, Lesley-Anne Knight, se candidatasse para um segundo mandato.
Dirigindo-se à assembleia imediatamente após a votação, Roy disse: "Estou muito emocionado com tudo isso. Gostaria de agradecer a Lesley-Anne pelo trabalho que ela fez até agora e também a todos vocês pelo trabalho que vocês fazem para esta rede que reflete as esperanças dos pobres para construir um mundo melhor".
O cardeal Rodríguez foi eleito no dia 24 de maio para um segundo mandato de quatro anos como presidente, tendo recebido cerca de 75% dos votos dos delegados das organizações membros da confederação, que incluem a associação Catholic Relief Services dos bispos dos EUA e a Organização Católica Canadense para o Desenvolvimento e Paz.
Na abertura da assembleia geral, o cardeal Rodríguez disse que a forma como o Vaticano tratou o caso Knight provocou feridas entre os membros da Cáritas.
No seu relatório formal como presidente à assembleia na manhã antes de sua reeleição, o cardeal falou sobre a questão no centro das discussões entre o Vaticano e a Caritas Internationalis: reforçar a identidade católica das atividades de caridade católicas, dos seus membros e voluntários.
O cardeal disse: "A Cáritas não é simplesmente uma organização não governamental – é muito mais. A Cáritas é um sinal do amor de Deus por toda a humanidade É um amor que não conhece limites ou fronteiras".
"A Cáritas dá testemunho do amor de Deus entre nós, um amor por todas as pessoas e especialmente pelos mais pobres. Nossa experiência e nossa formação do coração através do encontro com Cristo nos estrangeiros e nos marginalizados transforma a Cáritas, em seu trabalho diário, em uma autêntica testemunha do amor de Deus presente em nosso mundo", disse.
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Cáritas Internacional elege leigo francês como novo secretário-geral - Instituto Humanitas Unisinos - IHU