07 Mai 2011
O debate sobre o papel da mulher no mercado de trabalho e as responsabilidades dos homens nos cuidados domésticos ganhará corpo no segundo semestre.
A reportagem é de Maria Cristina Frias, jornalista, e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 08-05-2011.
A Secretaria de Políticas para as Mulheres, do governo federal, planeja iniciar campanha pelo compartilhamento das tarefas com os filhos e a casa.
"Queremos trazer o debate para a sociedade. Estão previstas campanhas na mídia e em empresas", diz Maria Angélica Fernandes, secretária de articulação institucional e ações temáticas.
"As mulheres teriam mais tempo para fazer cursos e melhorar a formação, o que ajudaria a reduzir a diferença salarial com os homens", afirma Fernandes.
Outra questão defendida pela secretária é o aumento da licença-paternidade, de 5 dias para 30 dias.
Uma licença maior garantiria às mulheres suas posições no mercado de trabalho, segundo Natália de Oliveira Fontoura, coordenadora de igualdade de gênero do Ipea.
"A desigualdade na licença traz desigualdade no campo de trabalho", de acordo com Fontoura.
O incremento da licença dos pais é visto como instrumento para estreitar a diferença salarial entre os homens e as mulheres.
"A diferença média nas mulheres com curso superior é de 42%", diz Regina Madalozzo, professora do Insper.
Do lado das empresas, a flexibilidade de horário, tanto para homens como para mulheres, e o posicionamento mais ativo do presidente são instrumentos que ajudariam a reduzir a diferença salarial, segundo Madalozzo.
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