12 Abril 2011
O presidente da Bolívia, Evo Morales, radicalizou sua postura em relação aos grupos sindicais de empresas de mineração privadas que há quatro dias mantêm greves por aumento de salário. Ele os qualificou de golpistas por terem utilizado explosivos nos protestos de sábado. “Com eles é uma batalha ideológica permanente”, acrescentou durante um ato frente a cooperativistas mineiros. Não obstante, concordou em integrar a mesa de diálogo com os líderes dos sindicatos, espaço proposto para solucionar o conflito.
A reportagem está publicada no jornal Página/12, 11-04-2011. A tradução é do Cepat.
“Se a Polícia tivesse deixado que eles avançassem, teriam explodido o Palácio Legislativo, o Palácio do Governo e se me encontrassem, com certeza me explodiriam. É como um golpe de Estado. Assim penso”, assegurou o presidente em um ato público realizado na cidade de Cochabamba.
Morales não identificou as empresas nem os mineiros que estariam por trás destas ações, mas reclamou do uso de explosivos durante os protestos que tentaram chegar até o centro do poder político do país. Apesar das acusações, confirmou que irá participar do diálogo que os principais sindicatos do país propuseram no sábado passado com o propósito de desativar a onda de protestos que atinge especialmente a capital boliviana. Há quatro dias, os sindicatos mais importantes reclamam um aumento de salário superior a 10% proposto pelo governo, entre outras coisas.
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Evo Morales versus sindicatos mineiros - Instituto Humanitas Unisinos - IHU