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"Agora o mundo entendeu: com a energia nuclear, corremos o risco da catástrofe"

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10 Abril 2011

Para Günter Grass, intelectual alemão e prêmio Nobel de Literatura de 1999, ocorreu uma reviravolta depois de Fukushima que mudou o mundo.

A reportagem é de Armgard Seegers, publicada no jornal La Repubblica, 10-04-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis a entrevista.

Günter Grass, o senhor acredita que Fukushima mudou o modo de pensar das pessoas?

Fukushima mudou o mundo, porque aconteceu algo de diferente do que até agora havíamos vivido, sabido e suposto. Muitos ficaram conscientes, só agora, dos perigos da energia atômica. É assunto de conversas em todas as famílias. Para os mais idosos como eu, é uma ocasião para refletir.

Repensando a sua vida, o que o senhor se lembra com relação ao tema do átomo?

Eu me tornei adulto depois do fim da guerra. O Reich recém havia capitulado. Eu ainda era prisioneiro dos norte-americanos. E caíram as primeiras bombas atômicas, e assim acabou a guerra com o Japão. Foi o meu primeiro "encontro" com a bomba atômica. Eu era contra a bomba, mas a favor do uso pacífico da energia nuclear. Foram-me necessários anos para entender que o uso militar e o uso pacífico têm algo que os conecta e para entender qual trapo da civilização é a energia atômica.

Também o seu uso pacífico?

Sim. Para muitos, o perigo ficou claro já desde então. Mas, durante a Guerra Fria, a corrida aos armamentos, contra aos quais eu sempre me manifestei, atraiu muita atenção. Então, a República Federal começou a construir centrais atômicas, uma delas perto da minha casa.

Por que o movimento antinuclear conseguiu tão poucos resultados?

A crescente dependência da política dos lobbies é a parte podre de toda a história. Eu também protestei contra a crescente dependência do Parlamento aos lobbies.

Fukushima ensina que a política deve reconquistar o seu primado?

Sim. Deve pôr limites ao poder dos lobbies. Seria preciso criar uma área proibida para os lobistas ao redor do parlamento, assim como para as manifestações de protestos.

A Alemanha desligou muitos reatores e importa energia da França. Que sentido tem em dizer adeus sozinhos à energia nuclear?

O problema é que, postergando o adeus à energia nuclear, como o governo Merkel decidiu, muito antes de Fukushima, foram bloqueados muitos investimentos já feitos nas energias renováveis. Sem aquela decisão de prolongamento do uso das centrais agora renegada poderíamos estar muito mais à frente. O freio deve ser desmantelado. Por causa daquela escolha, agora temos que importar energia atômica do exterior. Mas é insensato dizer que, se a Alemanha apagasse todos os reatores, agora ela entraria em blecaute.

Como os cidadãos devem reagir com a sua consciência crítica?

O cidadão deve se comprometer. Pesa sobre a minha geração o pensamento da República de Weimar, que fracassou, dentre outras coisas, porque não foram muitos os cidadãos que se comprometeram para defendê-la. A democracia deve ser defendida todos os dias.

O átomo é hoje o tema mais importante?

Não existe um único tema prioritário. O fim dos recursos, o fim do crescimento econômico, a globalização, a escassez de água, tudo é igualmente importante. O perigo é que, no futuro próximo, tudo exploda em nossas mãos ao mesmo tempo. Os altos preços dos alimentos, que aqui entre nós nos atinge pouco, é uma tragédia existencial no Terceiro Mundo.

O que o senhor teme, se todos esses problemas explodirem juntos?

O meu pior temor é chegar no futuro a uma ditadura ambiental. Isto é, ter que viver com decretos de emergência contínuos para salvar aquilo que restar do meio ambiente. A catástrofe atômica no Japão não pode ser enfrentada como foi com Chernobyl na URSS. É uma amostra do futuro que nos espera.

O que o senhor espera do movimento antinuclear?

Gostaria de fazer o possível para reforçá-lo. Ele precisa de um respiro longo. O que acontece hoje no Japão irá desaparecer talvez das primeiras páginas quando o perigo imediato desaparecer. Há políticos que fizeram esse cálculo e apontam para resultados prometendo moratórias.

 


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