Cantor popular vence disputa para presidente no Haiti

Mais Lidos

  • Alessandra Korap (1985), mais conhecida como Alessandra Munduruku, a mais influente ativista indígena do Brasil, reclama da falta de disposição do presidente brasileiro Lula da Silva em ouvir.

    “O avanço do capitalismo está nos matando”. Entrevista com Alessandra Munduruku, liderança indígena por trás dos protestos na COP30

    LER MAIS
  • Dilexi Te: a crise da autorreferencialidade da Igreja e a opção pelos pobres. Artigo de Jung Mo Sung

    LER MAIS
  • Às leitoras e aos leitores

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

04 Abril 2011

As autoridades eleitorais do Haiti afirmaram ontem que o cantor popular Michel Martelly foi eleito o novo presidente do país, com 67,5% dos votos.

A reportagem é de Flávia Marreiro e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 05-04-2011.

O cantor oposicionista derrotou a ex-primeira-dama Mirlande Manigat, que ficou com 31,74%.

De acordo com a legislação local, os resultados ainda poderão ser contestados nos próximos dias. Apenas em 16 de abril os números finais serão proclamados.

É provável que isso aconteça, pois Manigat denunciou ontem que a cúpula do CEP (Conselho Eleitoral Provisório) do país teria atuado para favorecer Martelly.

A posse do novo mandatário deve acontecer antes de 14 de maio, quando acaba o mandato do atual presidente do país, René Préval.

Se tudo correr bem, será a primeira vez em 206 anos que o Haiti terá uma transição democrática -de presidente eleito nas urnas para presidente eleito- com alternância de grupo de poder.

Segundo o próprio conselho eleitoral, foram encontrados vestígios de fraude em cerca de 15% das atas eleitorais computadas no segundo turno, em 20 de março.

Ainda assim, a avaliação do CEP e de organismos de observação como a missão da OEA (Organização dos Estados Americanos) e da Caricom (Comunidade do Caribe) era a de que a votação foi menos caótica e vulnerável a fraudes que o primeiro turno, em novembro.

A eleição do novo presidente, num país que apenas começa a reconstrução após o terremoto de 2010, foi chancelada pela forças da ONU, no Haiti desde 2004. O Brasil comanda militarmente a missão. Além do presidente, o Haiti escolheu 1/3 do Senado e renovou a sua Câmara dos Deputados.

O novo presidente também terá de lidar com um fato novo no cenário político. A volta ao país do ex-presidente Jean Bertrand Aristide.

O político esquerdista, eleito e deposto duas vezes, retornou ao Haiti no dia 18 após sete anos de exílio na África do Sul. Aristide optou, porém, por ser discreto. Limitou-se a reclamar da exclusão formal do seu Família Lavalas da disputa.